Marcos Hallack Triatleta juizforano ? destaque nacional

Zilvan Martins
Colabora??o*
08/07/1999

Sua rotina ? de tirar o f?lego. Ele acorda por volta das 7 horas e faz o primeiro treino at? as 10 horas. Depois de um lanche r?pido, parte para mais duas horas de exerc?cio. Al?m destas cinco horas di?rias, divididas entre nata??o, corrida e ciclismo, ele cursa Administra??o na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e Direito no Vianna J?nior. Essa disposi??o s? poderia ser de um triatleta como Marcos Hallack, 19 anos, quarto colocado no ranking brasileiro.

Para conseguir um bom desempenho nos treinamentos e nas competi?es, Hallack ? acompanhado pelo treinador Carlos Eug?nio de Niter?i, que manda, via fax, um guia com todas as atividades da semana. Sua paix?o por este esporte come?ou em 1994 quando, incentivado pelo primo, rticipou pela primeira vez de um campeonato de triatlon em Santos (SP). A partir deste dia, nunca mais parou. Mesmo sem patrocinadores, o triatleta vem conseguindo v?rias vit?rias. Em 95, no Mundial em Canc?n no M?xico, terminou em 47? lugar, sendo o oitavo brasileiro a completar a prova (participaram apenas 12 ).

Este ano, Hallack participou do Pan-Americano em Ilh?us (BA), onde se classificou em primeiro lugar, e do Trof?u Brasil de Triatlon, no Rio de Janeiro, ficando com a segunda coloca??o. Nestas duas competi?es, ele nadou 750m, percorreu 20km de ciclismo e 5km a p?. No trof?u Brasil, terminou a prova em menos de 1 hora (57s26). Gra?as a este desempenho, o triatleta agora ? considerado profissional. Nesta categoria, s? entram esportistas com tempo inferior a uma hora.

O atleta j? est? classificado para o Mundial que acontece em setembro, na cidade de Montreal, no Canad?. At? l?, um de seus maiores desafios ser? vencer a falta de patroc?nio para chegar ao Mundial. Mesmo se n?o conseguir, avisa, vai participar assim mesmo. E ? essa dificuldade de patrocinadores, comum aos atletas brasileiros, que faz Marcos lembrar alguns momentos marcantes de sua carreira, como em maio passado, quando foi convocado para o Sul-Americano, em Isla Marguerita, na Venezuela, mas n?o pode ir por falta de pessoas interessadas em bancar seu talento.

Para o pr?ximo ano, o triatleta j? tem v?rios planos. Alguns deles s?o participar de toda a temporada como profissional e conseguir um patrocinador para o Ironmen do Brasil, ?nica seletiva da Am?rica Latina. ?Est? competi??o ? a mais longa no triatlon. S?o 4km de nata??o, 180km de ciclismo e 42km de corrida. Vou ter que dedicar mais aos treinos, para isso vou precisar de alguns patrocinadores?. Quem estiver interessado em ajudar o triatleta ? s? ligar para o telefone 214-1434.

*Zilvan Martins ? estudante do 6? per?odo da Faculdade de Comunica??o Social da UFJF