Dicas para escolher seu colchão Para escolher um bom colchão, fique atento à densidade, à qualidade do produto, e tenha em mente sua finalidade

Priscila Magalhães
Repórter
Madalena Fernandes
Revisão
16/12/2008

Um bom colchão é fundamental para um sono tranqüilo, para uma noite bem dormida e para garantir a energia do dia seguinte. Mas escolher o produto certo não é tarefa fácil, principalmente para os menos entendidos.

A primeira coisa que vem à cabeça do consumidor que procura um colchão de espuma é a sua densidade. Sim, ela é importante, pois é a resistência que o produto vai ter, levando em consideração o peso de cada pessoa. Entretanto, a consultora de uma franquia especializada em colchões em Juiz de Fora, Adriana Faria Muniz, diz que densidade não quer dizer qualidade.

No caso do colchão de espuma, qualidade significa que a matéria-prima foi desenvolvida para proporcionar conforto e ter durabilidade. "O fato de a espuma ser mais dura não quer dizer que o colchão é ruim, e se ela for macia também não significa que é boa." Ela explica que a espuma 100% pura é a de boa qualidade. "Às outras, a indústria acrescenta água no momento da produção. Ela fica um pouco mais dura."

Foto de tabela de donsidade Para comprar um colchão de espuma, o primeiro ponto a ser observado é a densidade. Para pessoas de até 70 quilos, um D28 é suficiente. Para quem pesa até 90 quilos, o ideal é optar por um D33 e o D45 é ideal para quem pesa até 130 quilos. Além do peso, a altura de quem vai usar o produto também deve ser levada em consideração, pois se a pessoa for pesada e alta, o peso é bem distribuído pelo corpo. Caso contrário, a consultora terá que indicar um colchão mais firme, "pois o peso fica concentrado em um único ponto".

Como somente a densidade não é suficiente, Adriana diz que o segundo passo é saber a finalidade do produto. "Temos que saber para quem é o colchão e se é para uso diário ou esporádico."

Se a opção for por um colchão de molas, não é necessário seguir as regras de peso e altura, pois não há limite para este caso. A atenção deve estar voltada para o tipo de mola, que faz o produto ser mais, ou menos, macio. Se elas forem ensacadas, o colchão será mais firme. "Além disso, elas individualizam o peso, ou seja, se a pessoa que estiver deitada ao lado se mexer, a outra não sente", explica Adriana. Se as molas não forem ensacadas, o produto é mais macio. Entretanto, um colchão de molas também é composto por espuma, e a densidade do material usado vai contribuir para que o produto fique mais macio ou mais firme.

Foto de tabela de densidade Foto de colchão

Ao escolher o colchão de molas, Adriana orienta que o consumidor tenha atenção ao estrado da cama. Se a distância entre as ripas for maior do que 5cm, o ideal é que outras sejam colocadas entre as que já compõem o suporte. "O colchão é feito de fileiras de molas, e não há como saber onde elas estão. Se elas ficarem entre as ripas, ficarão sem apoio." Neste caso, a vida útil do produto diminui, pois, quando a pessoa se deita, as molas são forçadas a descer e, sem apoio, elas danificam a espuma.

No caso do colchão de espuma, não é necessário um cuidado maior com o estrado, Adriana diz que ele marca o produto, mas não chega a danificar, "porque ele é formado de um único bloco de espuma".

Outro ponto importante a ser observado na hora da compra vai refletir no conforto. É a escolha do tecido usado no forro. Os de algodão são mais confortáveis, pois seguram o lençol e são antitérmicos. Os de poliéster com viscose são mais acetinados e o lençol desliza com mais facilidade. "Eles também são mais quentes", acrescenta Adriana.

Molas X espuma

A consultora explica que todo colchão faz função ortopédica, desde que a pessoa se adapte a ele. Para quem dorme há 20 anos em um colchão de madeira não é recomendável que passe para o de molas. "A transição deve ser gradual. Por isso, recomendo que a pessoa escolha um de espuma." Para quem dorme em um produto de espuma, a adaptação às molas não será muito difícil. "Todo mundo se adapta a ele. É só uma questão de tempo", garante ela, comparando o produto a um sapato. "Quando é novo, ele aperta. Quem dorme em um colchão de molas não volta para o de espuma."

Foto de colchão Foto de colchão
Conservação

Para aumentar a vida útil do produto, Adriana dá algumas dicas importantes. A espuma não foi feita para se sentar, pois ela amassa. "Uma pessoa que tem um computador próximo à cama e, todos os dias, sentar no mesmo lugar para usá-lo vai perceber, depois de um tempo, um buraco naquele local", esclarece. Por isso, para evitar que somente uma parte fique amassada, a orientação é que a cada 15 dias o consumidor vire o produto, de maneira que ele vá ficando mais macio por igual. Para o de molas, a dica também é válida.

O uso de uma capa de proteção também é aconselhável. Entretanto, a capa que envolve todo o produto não é a ideal. "O colchão precisa respirar. O melhor é que a capa seja colocada só por cima."