Arquitetos transformam canil em residência de luxo em JF

Projeto foi desenvolvido com o intuito de oferecer comodidade e liberdade aos proprietários

Eduardo Maia
Repórter
22/02/2014
Arquitetura

O espaço que antes era usado como um canil em um condomínio da Cidade Alta, em Juiz de Fora, foi transformado em uma residência, com área social e suíte master. O projeto arquitetônico permitiu que 150 m² de área construída dobrassem, possibilitando o conforto e a sensação de liberdade aos proprietários no interior do imóvel.

Os responsáveis pelo projeto foram os arquitetos Dorys Daher e Guilherme Pereira, do Rio de Janeiro. A especialista explica que a intenção da proprietária era transformar o canil em uma residência, sem deixar os cães desamparados. Os moradores ficavam numa pequena casa, em parte do terreno, e a maior parte era dedicada à criação dos cães. No quintal da casa, foi possível deixar um espaço dedicado somente aos animais.

"Nosso objetivo era aproveitar a vista, já que o terreno é bem íngreme. Deixamos a casa bem aberta, envidraçada, as partes fechadas e as varandas, que comunicam com a casa, abertas e cobertas. No alto, os moradores se sentem totalmente livres, como se estivesse morando no topo de uma montanha. Juiz de Fora é um local com bastante acidentes geográficos, uma região montanhosa. Dá pra residir e ao mesmo tempo usufruir desta vista", observa a arquiteta.

Segundo a profissional, outro ponto observado foi o acesso à casa. Para evitar os perigos na subidas de escadas, os arquitetos inseriram um elevador privativo, com uma rampa de acesso para a rua. Além disso, foram criados espaços generosos, com pisos frios. "Fizemos de um modo para que as pessoas fiquem a vontade, os cômodos integrados, um modo em que a casa tenha liberdade para comunicar com os ambientes externos, nada fechado e estanque. Você pode fechar o quarto ou o escritório, mas eles se comunicam com a casa de maneira generosa, diferente da usual", explica Dorys.

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Decoração

A participação da dona da casa foi fundamental para aplicar o toque que ela desejava na decoração do espaço. Artista plástica, a proprietária se juntou aos arquitetos para dar forma e beleza à construção. "Usamos madeira para dar uma aquecida e também ladrilhos hidráulicos. A dona é artista plástica, cuidou da decoração, teve um bom gosto de seguir este espírito. Nós somos arquitetos que dimensionamos os espaços e juntamos a arte com essa proposta. Ela mesmo compreendeu bem o projeto que ela nos pediu".

Dorys explica que a casa aberta, que permita mais liberdade aos moradores, segue uma tendência ligada à tecnologia e à facilidade que as pessoas buscam para realizar suas atividades. "O jeito de viver das pessoas mudou, a chegada de tecnologia propicia que se tenha facilidade para fazer as coisas. Você precisa que as coisas estejam mais ao seu alcance e não fechadas. São materiais mais consistentes, também. Embora a gente pense numa coisa clean, lisa e fácil, tem toda a tecnologia e a solidez por trás. Misturando com os eletrodomésticos mais eficientes, mais seguros e bonitos como peças aparentes, não há porque esconder. A cozinha deixou de ser um ambiente escondido, passou a ser participativo. Embora as casas estejam se fechando para a rua, elas se abrem por dentro, para os seus moradores", completa.

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