Quinta, 26 de abril de 2007, atualizada ?s 18h

Vacina contra rotav?rus dispon?vel na rede p?blica, s? funciona nos primeiros meses de vida da crian?a

Desde 1998, a virologista e professora do Instituto de Ci?ncias Biol?gicas da UFJF, Maria Luzia da Rosa desenvolve um trabalho de pesquisa sobre a incid?ncia do rotav?rus em Juiz de Fora. Ela percebeu que nos meses mais frios e secos, entre abril e meados de outubro, com picos de detec??o entre maio e julho, o n?mero de ocorr?ncias de infec??o sintom?tica em crian?as ? mais recorrente. "At? o ano passado, isso aconteceu. N?o se sabe se este ano vai ser assim, pela mudan?a do clima".

Se a higiene ? fundamental para evitar o cont?gio, j? que a transmiss?o ? fecal-oral, este n?o ? o ?nico fator, "porque crian?as dos Estados Unidos e da Europa t?m o rotav?rus tamb?m", comenta Maria Luzia, lembrando que estes pa?ses possuem um bom n?vel de saneamento b?sico.

Por isso, s?o desenvolvidas vacinas para esta doen?a. Uma delas, chegou ao Brasil em 2006, inclusive na rede p?blica, para um tipo de v?rus mais comum encontrado no mundo, o G1[P8]. A primeira dose deve ser tomada aos dois meses de idade e a segunda, aos quatro meses. Depois dessa fase, a vacina n?o tem efeito. "Isso evita a doen?a diarr?ica severa", diz Maria Luzia, alertando que a vacina pode at? ter resposta positiva a outros tipos de rotav?rus. "Mas cada pessoa reage de uma forma".

A contamina??o, um dos principais causadores de diarr?ias em crian?as menores de cinco anos, acontece em contato com ?gua, alimentos, pessoas e/ou objetos contaminados pelo rotav?rus. Dar destino adequado aos dejetos, controlar a qualidade da ?gua, lavar bem as m?os podem ajudar a diminuir a incid?ncia de cont?gios.