Import?ncia do coveiro no Dia de Finados Profissional mant?m o cemit?rio limpo para receber as visitas que batem recorde no Dia de Finados. Veja tamb?m a programa??o das missas



Thiago Werneck
Rep?rter
01/11/2007

Todos que visitam o cemit?rio no feriado de Finados encontram o local bem cuidado, limpo e pronto para receber milhares de pessoas. Essa organiza??o s? ? poss?vel por causa do papel dos coveiros que garantem a limpeza do espa?o. Uma profiss?o que poucos conhecem e que mexe com os brios de quem est? come?ando.

"Nos primeiros meses eu tinha at? pesadelo, mas com o tempo a gente vai acostumando a trabalhar", conta Robson de Assis. Seu colega de profiss?o, Paulo C?sar, teve in?cio mais tranq?ilo. "Depois que saio l? fora deixo tudo para tr?s, a gente tem que saber separar as coisas", diz.

O primeiro passo nesse trabalho ? o de abrir a sepultura, retirando a terra ou criar uma abertura nas estruturas feitas com m?rmore ou tijolos. No caso do Cemit?rio Parque da Saudade, onde eles trabalham, s?o dois os respons?veis por abrir a cova, tr?s coveiros levam o caix?o at? a sepultura e fazem outros dois fazem enterro.

Segundo a administra??o do cemit?rio, o jazido custa R$ 4.400, com uma taxa de manuten??o anual de quase R$ 80. Em cada um deles, pode ser deixado dois corpos nas duas gavetas do t?mulo. Depois de cinco anos do enterro o corpo ? exumado e deixa de ocupar espa?o.

A exuma??o ? feita pelos pr?prios coveiros. Os restos que sobram do caix?o s?o mandados para o aterro sanit?rio e os ossos s?o recolhidos e colocados dentro de um saco pl?stico (foto abaixo, centro) especial. "A exuma??o ? feita somente cinco anos depois, quando j? ? permitida pela justi?a. Geralmente, o caix?o j? est? decomposto pela metade", conta o coordenador dos coveiros, Claudionor dos Santos (foto abaixo, ? direita).

Os ca?a niqu?is apreendidos Os ca?a niqu?is apreendidos Os ca?a niqu?is apreendidos

Depois de enterrar o caix?o, ? hora de preparar o cimento para pregar a a placa do jazido no ch?o. Em outros cemit?rios a argamassa ? feita para fechar a sepultura com tijolos e em alguns casos os t?mulos tem portas de m?rmore.

No Parque da Saudade, s?o cerca de 14 mil jazigos constru?dos e a fun??o dos coveiros ? mant?-los bem cuidados durante o dia, mas durante a noite s? mesmo o corajoso vigia noturno anda pelo cemit?rio. "A gente trabalha at? ?s cinco da tarde e durante a noite s? uma pessoa de seguran?a e outro que fica para atender telefonemas", conta Claudionor.

Os ca?a niqu?is apreendidos Os ca?a niqu?is apreendidos Os ca?a niqu?is apreendidos

Os equipamentos usados pelos coveiros s?o a p?, cimento, enxada e carrinho de m?o. Depois de trabalhar por mais de nove anos como coveiro, Claudionor n?o tem nenhuma hist?ria diferente no seu dia-a-dia. "Nunca aconteceu nada demais aqui no cemit?rio, mas o melhor dia para n?s ? o que tem menos enterros a serem feitos", afirma.