Terça-feira, 29 de junho de 2010, atualizada às 16h40

Em greve há oito dias, médicos peritos realizam 50% dos atendimentos na cidade

Aline Furtado
Repórter

Em greve desde a última terça-feira, 22 de junho, médicos peritos do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) trabalham, em Juiz de Fora, em forma de revezamento, a fim de manter 50% dos atendimentos já agendados nas agências. A greve, deflagrada por tempo indeterminado, tem caráter nacional e segue orientação da Associação Nacional dos Médicos Peritos (ANMP).

"Estávamos atendendo a 30% dos atendimentos, entretanto, aumentamos o percentual com base na determinação do STJ [Superior Tribunal de Justiça]", declara o delegado da ANMP e integrante do comando de greve responsável pela região de Juiz de Fora, Fábio Lício. O STJ declarou, na última sexta-feira, dia 25, que, por se tratar de um serviço essencial, metade dos servidores devem manter os trabalhos nas agências. No esquema de revezamento, estão sendo priorizados idosos, gestantes e segurados recém-operados.

Segundo informações da assessoria de comunicação do INSS, dos 17 médicos que atendem na Agência Riachuelo, 14 aderiram à greve. Já na Agência São Dimas, dois dos noves médicos estão em greve. A média diária de atendimento nas duas agências é de cerca de 250 perícias médicas. A orientação da assessoria do órgão é que os beneficiários com perícia agendada compareçam às agências. No caso de não haver atendimento, será feita a remarcação. Os que não comparecerem, perderão a data, que precisará ser marcada novamente.

A categoria reivindica redução da jornada de trabalho de 40 para 30 horas semanais; maior segurança nas agências, com colocação de portas com detectores de metais e aumento do número de vigilantes; regulamentação da gratificação de desempenho e o fim da entrega do laudo médico conclusivo ao final das consultas, a fim de evitar atritos.