Trabalhadores demitidos do HU/CAS protestam contra demissão e falta de pagamento de indenização

Ter?a-feira, 07 de outubro de 2008, atualizada ?s 17h

Trabalhadores demitidos do HU/CAS protestam contra demiss?o e falta de pagamento de indeniza??o

Em arquivo:

• Decis?o do Minist?rio P?blico desagrada ex-funcion?rios do HU

Os funcion?rios demitidos do Hospital Universit?rio (HU) e Centro de Aten??o ? Sa?de (CAS) protestaram nesta ter?a-feira, dia 07 de outubro, em frente ? C?mara Municipal, contra a demiss?o de mais de 200 trabalhadores.

Segundo a representante do movimento em defesa dos trabalhadores do HU/CAS, Solange Maria da Cruz, o objetivo do ato foi chamar a aten??o das autoridades e ainda pressionar o reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Henrique Duque, a pagar os direitos trabalhistas aos funcion?rios. "Fomos demitidos sem indeniza??o, n?o recebemos, por exemplo, FGTS e aviso-pr?vio".

Solange explica que os funcion?rios trabalhavam de forma irregular e que o Minist?rio P?blico exigiu a regulariza??o. "H? anos, os profissionais exerciam suas fun?es sem qualquer direito trabalhista, como f?rias, 13? sal?rio, licen?a para tratamento ? sa?de, dentre outros". Em carta aberta ? popula??o, entregue durante o ato, os manifestantes descrevem que viviam "uma situa??o clara de trabalho escravo em uma entidade federal".

A assessoria de comunica??o do HU informou que os funcion?rios eram contratados de uma firma terceirizada que prestava servi?os para a UFJF e que n?o houve a renova??o do contrato com essa empresa porque estava dando problemas. Alguns trabalhadores, entretanto, continuaram servindo ? institui??o atrav?s de pagamento de honor?rios pr?-labore.

Para afastar a presta??o de servi?os, no HU, por trabalhadores aut?nomos, remunerados mediante pagamento de honor?rios pr?-labore, evitando-se, tamb?m o modelo tradicional de "terceiriza??o", a institui??o promoveu uma sele??o para contratar os novos funcion?rios.

Alguns funcion?rios demitidos reclamaram do n?vel da prova. Este ? o caso do enfermeiro-chefe Jos? Guilherme de Souza Arruda. Fazia tr?s anos que ele trabalhava no HU e n?o esperava a demiss?o. Ele fez a prova da sele??o e n?o conseguiu aprova??o. "Estava dif?cil e os conte?dos cobrados n?o fazem parte da realidade do trabalho".