Sexta-feira, 7 de maio de 2010, atualizada às 19h15

Demora na construção do centro de triagem de material reciclado dificulta trabalho de catadores

Aline Furtado
Repórter

Enquanto as obras do centro de triagem de materiais recicláveis não têm previsão de início, a situação pela qual passam os catadores de Juiz de Fora é de dificuldade.

Segundo o integrante da Associação dos Catadores de Papel e Resíduos Sólidos de Juiz de Fora (Apares), Edmilson Francisco Salles, o principal problema enfrentado pela classe é exatamente a falta de espaço para separação do material. "Se fazemos na rua, corremos o risco de sermos advertidos pela fiscalização. Nunca sabemos onde é permitido fazer a separação."

Com construção anunciada em junho do ano passado e previsão de gastos de R$ 200 mil, a ser liberado pelo Banco do Brasil (BB) por meio do Programa Desenvolvimento Regional Sustentável (DRS), o centro de triagem será instalado na rua Coronel Delfino Nonato Faria, no bairro Santa Tereza.

Segundo informações da assessoria da Secretaria de Assistência Social (SAS), o local passa por avaliações e um relatório, juntamente com toda a documentação necessária para a construção, deverá ser entregue até o dia 28 de maio ao BB. Ainda não há previsão para início das obras. A expectativa era construir o espaço na esquina da rua Benjamin Constant com a avenida Garibaldi Campinhos, no Centro. Entretanto, a SAS dependia da transferência do terreno, que é patrimônio da União, para a administração municipal.

Para o vereador Flávio Checker, a morosidade no processo de construção do centro representa descaso por parte da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF). "Estes trabalhadores contribuem para o crescimento da cidade e merecem nosso respeito."

Usina de reciclagem

Entregue pela PJF à Associação Municipal dos Catadores de Papel, Papelão e Materiais Reaproveitáveis de Juiz de Fora (Ascajuf) em 2008, a usina de reciclagem de lixo, localizada no bairro Santa Cruz, está com a garra, que auxilia no deslocamento do material, quebrada há meses. "Com isso, não dá para trabalhar direito. Hoje, aquilo lá funciona só como depósito", explica Salles.

Os textos são revisados por Madalena Fernandes