Terça-feira, 10 de maio de 2011, atualizada às 17h25

Primeiro dia de greve da Polícia Civil tem adesão de 100% do efetivo de JF

Aline Furtado
Repórter
Protesto PC

O primeiro dia de greve da Polícia Civil, ocorrido nesta terça-feira, 10 de maio, contou com adesão de 100% do efetivo em Juiz de Fora e de outras cidades da Zona da Mata. De acordo com o diretor do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil Regional Zona da Mata (Sindipol), Marcelo Armstrong, a categoria está aberta ao diálogo e espera receber algum tipo de retorno às reivindicações, por parte do governo do Estado, durante esta semana.

O diretor criticou o concurso público para policiais civis, anunciado na última semana pelo governo. "Abrir vagas para 144 delegados e 220 escrivães é insignificante e insuficiente diante da nossa realidade." Ele lembra que, em Minas Gerais, há mais de 500 municípios sem delegados. "Além disso, segundo balanço divulgado no mês de abril, mais de mil policiais civis serão aposentados neste ano. Por isso há necessidade de ampliação urgente das vagas." Em Juiz de Fora, o número de policiais civis é de aproximadamente 200, quando o ideal seriam 500.

Além da necessidade de contratação de novos servidores com a abertura de concursos públicos, a categoria busca melhorias salariais e melhores condições de trabalho. Em Minas Gerais, o salário bruto dos delegados equivale a R$ 5,7 mil. Enquanto isso, no Rio de Janeiro, o salário é de R$ 17 mil. Durante a greve, devem ser mantidos 30% dos serviços considerados essenciais, contudo, estão sendo disponibilizados 50% dos serviços, como flagrantes, alvarás de solturas, prisão, remoção de cadáver, entre outros.

Atos

Neste primeiro dia de paralisação, policiais civis panfletaram em diversas regiões da cidade, a fim de apresentar à população os motivos da greve. "Continuaremos com os atos públicos ao longo de toda a semana."

Os textos são revisados por Thaísa Hosken