Paralisação dos servidores continua

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Paralisação dos servidores continua
Reunião com PJF pode trazer reajuste superior aos 7%. Mais de três mil toneladas de lixo deixaram de ser recolhidos no final de semana

Pablo Cordeiro
*Colaboração
24/5/2010

Na manhã desta segunda-feira, 24 de maio, as diretorias dos sindicatos dos servidores públicos municipais unificados - médicos, engenheiros, professores e demais servidores - decidiram manter a paralisação até a próxima terça, 25, quando ocorre nova assembleia na Praça Antônio Carlos.

De acordo com a assessoria da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), na manhã desta terça-feira, haverá uma reunião com as diretorias dos sindicatos e a Secretaria de Administração e Recursos Humanos. Para os diretores do movimento, pela primeira vez, a PJF recuou mediante a pressão do movimento e das manifestações públicas. "A Prefeitura teve que recuar em função da nossa união, da sujeira em que a cidade se encontra e das UBSs [Unidades Básicas de Saúde] paradas. Tudo é culpa da Prefeitura. A intransigência e o autoritarismo nos levaram a isso", destaca o presidente do Sindicato dos Professores (Sinpro), Flávio Bitarello.

O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Juiz de Fora (Sinserpu), Cosme Nogueira (foto abaixo), ressaltou que o número de manifestantes nas passeatas e assembleia cresce. "Unidos seremos mais, desunidos nem tanto."

A adesão no final de semana e nesta segunda-feira representou a paralisação de 95% das escolas municipais e das creches. Na saúde, a adesão chegou a 80% das UBS. No Pam Marechal e no Instituto da Criança e Adolescente (ICA), o funcionamento foi parcial. O Hospital de Pronto Socorro (HPS) e as regionais Norte e Leste atenderam somente em caráter de urgência e emergência. Segundo os sindicatos, servidores da Empresa Municipal de Pavimentação e Urbanização (Empav), da Secretaria Municipal de Obras (SMO), do Demlurb, da Secretaria de Transportes e Trânsito (Settra), da Associação Municipal de Apoio Comunitário (AMAC), fiscais da Secretaria de Atividades Urbanas (SAU), da Fundação Ferreira Lage (Funalfa), agentes de endemia da Secretaria de Saúde (SS) e agentes de saúde do Programa de Saúde da Família (PSF) pararam.

"Não se pode parar a negociação a menos que se tenha um ganho real. Esperamos que a conversa avance na pauta específica dos sindicatos. É importante manter a unidade. É isso que tem forçado as negociações", explica o vereador Flávio Checker (PT), presidente da comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara Municipal, que ficou encarregada de intermediar as negociações entre os sindicatos e a PJF.

Lixo nas ruas

*Pablo Cordeiro é estudante do 10º período de Comunicação Social da UFJF

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