Terça-feira, 25 de outubro de 2011, atualizada às 17h30

Moradores desalojados reclamam da situação. Apenas uma família está no abrigo da Prefeitura

Jorge Júnior
Repórter
desabrigados

No dia seguinte ao incêndio que assolou seis prédios comerciais e um residencial no Centro de Juiz de Fora, moradores da região que ficaram desalojados reclamam da situação. "Estamos sem assistência", diz indignado o comerciante Valdemar da Silva. Segundo o juiz-forano, que mora com mais três filhos, a família dele está instalada na casa de um amigo.

Outro morador da região, Marcos Antônio Bernardo, diz não saber sobre a situação da sua residência. "Desde segunda não tenho acesso ao meu apartamento. Não tenho informações da situação da minha casa, se tive algum prejuízo." De acordo com Bernardo, ele procurou os bombeiros, mas não obteve nenhuma informação. "Estou na casa de um amigo, na rua Mister Moore, com a minha esposa e minha filha, que não pôde ir a aula, já que estava sem o material escolar." O morador afirma que está enfrentando problema pela falta dos seus documentos.

A mesma situação é descrita por outro morador da região, Paulo César de Assis. Ele conta que está sem dormir e sem trabalhar desde o acidente. "Estou de plantão, por causa dessa situação e sem informações do meu apartamento."

A Prefeitura de Juiz de Fora, afirma que apenas uma família com seis pessoas, solicitou apoio do órgão. A família é composta por quatro adultos, uma criança e um bebê. De acordo com o departamento, as outras famílias que ficaram desalojadas preferiram instalar-se em casas de amigos e parentes. A assessoria informou também que o setor está de plantão, caso mais pessoas necessitem de ajuda. 


Operação de remoção

A Defesa Civil de Juiz de Fora realizou a demolição das estruturas que restaram das lojas alvos do incêndio no início da tarde desta terça-feira, 25. Para a ação, segundo informações da assessoria de imprensa do órgão, foram utilizadas duas retroescavadeiras e oito caminhões. As estruturas de ferros e os entulhos encheram 25 caminhões. A previsão é de que nesta quarta-feira, 26, os técnicos da Defesa Civil façam a avaliação no local. No entanto, a área do entorno continua isolada.

Os bombeiros trabalham no resfriamento dos prédios e combate de pequenos focos nos entulhos das construções que já foram demolidas. Apesar de não ter um prazo para que o trabalho seja totalmente extinto, os trabalhos não devem se prolongar.

Os textos são revisados por Thaísa Hosken