Sexta-feira, 27 de abril de 2012, atualizada às 16h59

Familiares de Ana Esther marcam ato público e cobram justiça

Thiago Stephan
Repórter
Ana Esther Scheffer

Familiares de Ana Esther Scheffer, 79 anos, assassinada no dia 18 de abril dentro de casa, no bairro São Pedro, organizam ato público contra a violência neste sábado, 28, às 17h, na avenida Senhor dos Passos 1.592, também no São Pedro. Após a manifestação será celebrada missa em memória da vítima, que completaria 80 anos no dia do protesto.

Além de cobrar que a justiça mantenha a prisão e a condenação dos dois homens acusados de matar a idosa, o movimento questiona o porquê de um dos autores do crime ter recebido o benefício de prisão domiciliar no dia 1º de março.

Segundo o delegado Rodrigo Rolli, da 2ª Delegacia Distrital, responsável por investigar o caso, o então suspeito confessou participação no crime após o outro participante do crime, um jovem de 18 anos egresso do Centro Socio-Educativo, revelar que ele foi seu cúmplice no assassinato de Ana Esther. Ambos cumprem prisão temporária de 15 dias no Ceresp.

"Nossa proposta é dar um grito contra a violência, mas também é preciso bater em outra tecla. Existe um terceiro culpado neste caso: a Justiça. Um dos assassinos estava em prisão domiciliar mesmo tendo uma ficha policial enorme e sendo temido no bairro pelos crimes que cometeu. O outro saiu recentemente do Centro Socio-Educativo. A Justiça é tão culpada quanto os marginais. Sinto-me sufocado. É preciso dar esse grito para que não se repita", desabafa José Márcio Faier, sobrinho neto de Ana Esther, acrescentando que este caso tem elementos suficientes para a sociedade reflita sobre temas como a maioridade penal.

De acordo com Rolli, trata-se de um latrocínio, sendo que a investigação do crime já foi concluída. "No dia 2 de maio, vou encaminhar o inquérito à Justiça, representando pela prisão preventiva", afirma, revelando que a prisão dos acusados ocorreu no dia seguinte ao crime, após contato com os familiares. Segundo o delegado, no dia 18 de abril, os dois criminosos "entraram na casa de Ana Esther, roubaram bijuterias, cerca de R$ 100 em dinheiro e gêneros alimentícios. Asfixiaram a vítima com o travesseiro e colocaram uma TV de 20 polegadas sobre o seu rosto.

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