Quarta-feira, 3 de novembro de 2010, atualizada às 19h27

Com fim da licitação, radares nas BRs podem finalmente ser instalados

Clecius Campos
Repórter

O processo licitatório que contratará as empresas responsáveis por instalar radares nas rodovias federais parece estar finalmente resolvido. O resultado final da licitação, publicado no dia 22 de julho, foi alvo de inúmeros recursos e, no último dia 14 de setembro, negou seu último provimento de recurso, dando fim ao processo. De acordo com o supervisor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), em Leopoldina, José Paulo Silva Pinto, a licitação está em fase de assinatura dos contratos. "Não deve demorar muito para os radares começarem a ser instalados."

Na região de Leopoldina, pelo menos três pontos devem receber as barreiras eletrônicas: um na BR-356 e dois na BR-116. Próximo a Juiz de Fora, serão instalados seis radares entre o km 667, no trevo de Carandaí — onde já existem dois equipamentos do tipo —, e o km 718, em Barbacena. "As unidades locais do Dnit fizeram um estudo de necessidade e definiram os pontos que precisam dos equipamentos. Foram levados em conta aspectos como número de acidentes, locais de travessia de pedestres, proximidade de escolas e hospitais." Além dos equipamentos de controle de velocidade, serão instalados em todo o Brasil controladores de avanço de sinal vermelho e de paradas sobre a faixa de pedestres em BRs que cortam o perímetro urbano.

O edital de licitação foi lançado inicialmente em março de 2008. Uma série de recursos levou à impugnação do processo e o edital foi revogado. A licitação foi reeditada e entre recursos, retificações e resultados foram 30 movimentações desde que saíram os nomes das empresas vencedoras. A execução das obras foi dividida em 12 lotes localizados em diversas partes do Brasil. Os três lotes mineiros contarão com a manutenção de 115 radares desativados e a instalação de novos 389 equipamentos nas rodovias federais. A obra total tem orçamento de R$ 1,4 bilhão. Após dada a ordem de serviço, cada empresa deverá cumprir a instalação dos equipamentos em prazo de cinco anos.

Desde setembro de 2007 os radares estão desligados em toda a malha rodoviária do país, devido ao vencimento do contrato com as empresas que operavam os aparelhos.

Os textos são revisados por Thaísa Hosken