Quinta-feira, 14 de junho de 2012, atualizada às 18h40

Deslizamento no Linhares ocorreu devido à saturação do solo em decorrência de vazamento de água, conclui PC

Jorge Júnior
Repórter
desmoronamento

A Polícia Civil (PC) de Juiz de Fora divulgou nesta quinta-feira, 14 de junho, o laudo pericial sobre o desmoronamento que ocorreu no dia 18 de março deste ano, na rua Roberto Hargreaves, no bairro Linhares, que ocasionou na morte de duas jovens, Larice Aparecida da Silva Quina e Anna Beatriz Varela, ambas de 19 anos.

Por meio de sua assessoria, a 1ª Delegacia informou que a equipe do Setor Regional de Criminalística da 1ª Delegacia Regional da PC, acompanhada de um perito criminal com formação em engenharia, de Belo Horizonte, realizou todos os levantamentos no local do deslizamento e, com base nestas análises concluiu, no último dia 4 de junho, que o desastre ocorreu devido à saturação do solo em decorrência de um vazamento de água provocado por dano na rede hidráulica da Companhia de Saneamento Municipal de Juiz de Fora (Cesama), agravado por inúmeras irregularidades no terreno e por se tratar de uma área de risco.

Além disso, a PC afirma que embora possa haver algum tipo de responsabilidade civil, pelas perdas materiais e humanas, a 5ª Delegacia de Polícia Civil da cidade não irá instaurar inquérito policial, uma vez que não houve nenhuma conduta criminosa, de acordo com determinação do chefe do 4º Departamento de Polícia Civil de Juiz de Fora, delegado geral Rogério de Melo Franco Assis Araújo. "Logo, não compete à Polícia Civil apurar tais responsabilidades fora da esfera criminal. A Polícia Civil informa ainda que o prazo para confecção de laudos periciais é de 30 dias, a partir da requisição do delegado de polícia, podendo ser prorrogado de acordo com a complexidade das apurações."

Por meio de sua assessoria, a Cesama transcreveu a conclusão do relatório de consultoria técnica feita pelo engenheiro civil e eletrotécnico, professor Renato José Abramo. Segundo o documento, as orientações dadas aos moradores pela Defesa Civil, não foram praticadas, nem mesmo a observação sobre a não utilização dos cômodos próximos ao local próximo ao pé do talude. Além disso, a análise constatou que o escorregamento prosseguiu lento e imperceptível, inclinando o poste da rede da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).

Ainda segundo o laudo, o solo do local é vulnerável à ação das chuvas e apresenta baixa coesão. Outro fator observado é que havia presença de solo vegetal, lixo e entulho na encosta, além de árvores de grande porte na encosta. Com isso, a Cesama afirmou que "cabe concluir que a tubulação de abastecimento de água foi danificada pelo escorregamento de solo".

Os textos são revisados por Mariana Benicá

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