Parados h? dezessete dias, funcionários dos correios vão negociar salário no Tribunal Superior do Trabalho

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Sexta-feira, 30 de setembro de 2011, atualizada às 14h30

Parados há dezessete dias, funcionários dos correios vão negociar salário no Tribunal Superior do Trabalho

Jorge Júnior
Repórter

Depois de dezessete dias em greve, os funcionários dos Correios vão resolver o impasse da negociação salarial no Tribunal Superior do Trabalho (TST). O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Comunicação Postal, Telegráfica e Similares de Juiz de Fora e região (Sintect/JF), João Ricardo Guedes, diz que a empresa protocolou o dissídio coletivo no TST de Brasília, nesta sexta-feira, 30 de setembro. "Agora, vamos aguardar as partes se encontrarem, para ver se haverá alguma concessão, na próxima semana."

Segundo Guedes, essa situação já era prevista. "Quando não há um avanço nas negociações o caminho é o TST. Já era uma decisão esperada, devido à  intransigência dos Correios", diz. O sindicalista diz ainda que "o comando de negociação, por parte dos trabalhadores fez o possível para resolver no diálogo, mas os Correios, em todas as negociações, sempre quiseram impor seu o lado." De acordo com as informações de Guedes, em Juiz de Fora, a greve continua e está com a adesão de 22,5% dos trabalhadores, o que representa 90, dos 400 funcionários.

Em nota, os Correios afirmam que, desde o início do ano, a direção manteve as portas abertas aos trabalhadores, mediante um sistema de negociação permanente, com reuniões agendadas para o ano todo e não apenas para o período do acordo coletivo de trabalho. Os representantes dos trabalhadores teriam sido recebidos "inúmeras vezes" para tratar da mudança do estatuto dos Correios e foram ouvidos durante todo o processo de negociação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

A abertura da empresa ao diálogo também teria sido mantida durante todo o período de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho. O órgão também disse que os Correios continuam abertos ao diálogo e conclamam novamente os trabalhadores parados a reavaliar sua posição e fechar o acordo coletivo de trabalho, em benefício da população brasileira e de todos os 110 mil empregados da empresa.

Os textos são revisados por Thaísa Hosken