Quinta-feira, 22 de janeiro de 2015, atualizada às 16h15

Quatro novas testemunhas serão ouvidas no caso Matheus Goldoni

Lucas Soares
Repórter

O caso do jovem Matheus Goldoni, 18, encontrado morto no dia 17 de novembro de 2014, nas cachoeiras do Vale do Ipê, segue em investigação pela Polícia Civil. O inquérito, que tinha o prazo de 30 dias para ser concluído, está em aberto. Relembre o caso.

De acordo com o titular da Delegacia de Homicídios, Rodrigo Rolli, quatro novas testemunhas apareceram no decorrer da investigação e serão ouvidas nesta sexta-feira, 23 de janeiro. "Esses nomes surgiram e ainda há uma quinta testemunha, que estou tentando qualificar. Elas podem trazer fatos novos para a investigação. Eu vou recebê-los na parte da manhã e dar andamento", explica Rolli.

Segundo o delegado, o laudo do sistema de filmagem do Privilège e o laudo das vísceras da vítima ainda não estão prontos, já que foram enviados para Belo Horizonte. "O laudo de levantamento de local eu fiz um novo ofício para a perícia me dar a resposta. Já passou o prazo legal que é de 30 dias para todos os laudos. O laudo de necrópsia que já foi me encaminhado confirma que ele teve uma lesão interna, no lado direito do tórax. Foi constatado que era uma lesão contusa, provocada por um instrumento de impacto, seja um soco, um chute, uma paulada ou decorrente à queda na água. O laudo é inconclusivo sobre o uso de uma arma de choque", diz. Com as novas outivas e os laudos prontos, Rolli pretende seguir para as acareações.

O caso

De acordo com o irmão da vítima, Leandro Goldoni, Matheus, que era morador do bairro Santa Efigênia, na Zona Sul da cidade, teria se envolvido em uma briga no interior da casa e os seguranças o convidaram para sair no dia 14 de novembro de 2014. "Perguntei ao segurança o que aconteceu, eles disseram que ele tinha arrumado atrito com um segurança, correram atrás dele, não alcançaram e ele entrou no mato. Na hora eu não contestei, apenas comecei a procurar, a gritar, chamando para ir embora e não achei. Fiquei um tempo em frente à Privilège e pensei que ele já tivesse ido embora para casa ou ido direto para o trabalho. O telefone dele está desligado desde as 3h da manhã, quando ele saiu", relatou, à época, o irmão.

Em nota, o Privilège Juiz de Fora esclarece que foi procurado pelos pais do jovem, na madrugada de sábado para domingo, que informara que ele estava desaparecido desde a noite anterior. "O jovem se envolveu com uma briga sem gravidades dentro da casa e foi convidado a se retirar. O club foi informado que do lado de fora, ele desceu em direção ao Centro quebrando retrovisores de automóveis estacionados na Estrada Engenheiro Gentil Forn. Ao tomar conhecimento sobre este episódio, um segurança desceu a estrada, mas o jovem já não foi localizado. No livro de ocorrência da casa foram registrados os números das placas dos veículos danificados", diz a nota.

Manifestação

Uma manifestação está marcada para o sábado, 24 de janeiro, às 10h, na rua Ewbanck da Câmara 46. Pelo Facebook, o grupo que organiza o ato, solicita que as pessoas compareçam de branco ou com a camisa de Mateus. O objetivo do encontro é não deixar que o caso perca a atenção da polícia.

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