PC prende m?e e filho por maus-tratos e c?rcere privado

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PC prende m?e e filho por maus-tratos e c?rcere privado
Quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012, atualizada às 19h10

PC prende mãe e filho por maus-tratos e cárcere privado de mulher com problemas mentais

Aline Furtado
Repórter

Uma equipe da 6ª Delegacia de Polícia Civil de Juiz de Fora prendeu nesta quinta-feira, 16 de fevereiro, um homem de 40 anos e sua mãe, de 60 anos, por manterem uma mulher com deficiência mental em cárcere privado. Além disso, mãe e filho foram enquadrados no crime de maus-tratos.

A prisão ocorreu na rua Maranhão, no bairro São Bernardo, onde a mulher, de 46 anos, vivia em um corredor sem iluminação, dormindo em um colchonete fino sobre chão frio. Segundo informações da Polícia Civil (PC), a geladeira era fechada com uma corrente, para que a mulher não tivesse acesso aos alimentos. Além disso, suas roupas ficavam em um armário no quintal da residência, ao lado da casa do cachorro.

A PC descobriu o caso quando cumpria uma mandado de prisão preventiva contra o homem de 40 anos, em decorrência de uma medida protetiva relativa à Lei Maria da Penha, por agressões anteriores à sua ex-mulher. Ao chegar à residência do homem, policiais descobriram a mulher com problemas mentais vítima de violência. Os policiais foram recebidos pela mãe, que, posteriormente, foi autuada por cárcere privado e maus-tratos.

A mulher violentada foi encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML), onde passou por exames que confirmaram agressões recentes e antigas. O delegado responsável pelo caso, Carlos Eduardo Rodrigues, deu início ao interrogatório, mas avítima começou a passar mal e precisou ser atendida, sendo levada ao Hospital de Pronto Socorro (HPS), de onde deverá ser encaminhada para uma instituição psiquiátrica.

A mãe alega ter pego a mulher em um orfanato há anos. Conforme a PC, foi apresentada uma curatela provisória, com data de 1998, que concedia a ela noventa dias de cuidados relacionados à vítima, além do recebimento do benefício concedido pelo INSS. O delegado ouviu, ainda, o filho e vizinhos, que confirmaram ouvir gritos há anos. A investigação prossegue com a possibilidade da PC ouvir outros moradores da casa, para verificar mais participações no crime, além da mãe e do filho, que foram encaminhados à Penitenciária Ariosvaldo Campos Pires e ao Ceresp, respectivamente.

Os textos são revisados por Mariana Benicá