Quinta-feira, 23 de junho de 2016, atualizada às 14h50

Quatro acusados pela morte de Matheus Goldoni vão a júri popular

Da Redação
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Quatro acusados pela morte de Matheus Goldoni, após uma festa em uma casa noturna em Juiz de Fora, em novembro de 2014, tiveram denúncia aceita pelo Tribunal do Júri da Comarca de Juiz de Fora e irão a júri popular pelo crime de homicídio triplamente qualificado. São eles o gerente operacional da boate, dois seguranças e um ex-segurança. A sentença foi proferida nesta quarta-feira, 22 de junho, pelo juiz Paulo Tristão Machado Júnior.

De acordo com a denúncia, a vítima estava no interior da boate quando se envolveu em uma briga com dois clientes e com seguranças, sendo expulso da casa noturna. Na saída, a vítima tentou dar um soco no acusado e saiu correndo, sendo perseguido por outros dois seguranças. Ainda segundo a denúncia, o ex-segurança da casa noturna, deu carona de moto a um dos denunciados. Eles alcançaram a vítima cerca de 250 metros da boate, perto de uma trilha que dá acesso a uma cachoeira.

Segundo a denúncia do Ministério Público, dois dos acusados mataram a vítima por meio de asfixia por afogamento na cachoeira, enquanto os outros dois acusados vigiavam a entrada da trilha. O crime aconteceu no dia 16 de novembro de 2014 por volta das 2h30, no bairro São Pedro. O corpo da vítima foi encontrado no dia seguinte, no mesmo local.

“As qualificadoras da asfixia, motivo fútil e do recurso que dificultou a defesa da vítima, não sendo manifestamente improcedentes, devem ser mantidas para conhecimento do Tribunal do Júri”, concluiu o juiz, aceitando a denúncia para pronunciar os réus, que serão levados a júri popular.

Investigações

As investigações da Polícia Civil duraram 10 meses, sendo ouvidas 49 testemunhas e feitas 14 acareações, além dos laudos criminalistas e do Instituto Médico Legal (IML), com vários questionamentos para a avaliação correta do resultado dos laudos. O inquérito foi finalizado em setembro de 2015, com indiciamento de quatro pessoas pelo crime de homicídio duplamente qualificado por motivo fútil, além de um flanelinha, por falso testemunho. 

O laudo de necropsia do IML confirmou que Goldoni morreu por afogamento causado por asfixia e um exame apontou a existência de duas lesões internas no peito do jovem, causadas por instrumento contundente não perfurante, como soco, chute e paulada, ou devido à própria queda. O outro laudo descartou que Matheus tivesse ingerido álcool ou drogas no dia em que sumiu da boate.

Em outubro de 2015, o Ministério Público retornou com o inquérito do caso Goldoni com o pedido reconstituição do crime pela delegacia Especializada de Homicídios da Polícia Civil, que foi realizado em dezembro de 2015 e janeiro de 2016.

Com informações do TJMG

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