Sexta-feira, 1 de julho de 2016, atualizada às 11h46

Polícia Civil apresenta suspeito de matar familiares em Juiz de Fora

Lucas Soares
Repórter

A Delegacia Especializada de Homicídios (DEH) da Polícia Civil apresentou, na manhã desta sexta-feira, 1º de julho, o homem de 40 anos, formado em Direito, suspeito de matar a mãe, 79, a tia, 85, e a sobrinha, 19, na madrugada da última quinta, 30. Em entrevista a imprensa, ele confessou o crime.

Segundo o delegada regional Patrícia Ribeiro, a prisão do suspeito representa o empenho da polícia. "É mais uma resposta rápida para a sociedade. Ele foi preso, em outra cidade, em menos de seis horas do crime ter sido noticiado. Desde o momento que tomamos conhecimento do ocorrido, vários investigadores e peritos foram aos locais para apurar o caso", diz.

O titular da DEH, José Márcio de Almeida Lopes, explica que foram feitos diversos levantamentos e entrevistas sobre o suspeito, que foi preso em Barroso (MG), a mais de 130 km de Juiz de Fora. "Ele foi trazido para cá, onde foi lavrado o auto de prisão em flagrante delito por homicídio qualificado, foi ouvido e encaminhado ao Ceresp. Ele confessou e deu detalhes da ação: o primeiro crime foi cometido na rua Halfeld, quando foi a casa da tia levar um aquecedor, conversou com ela, assistiu TV e, quando notou que ela estava sonolenta, atacou a vítima com uma panela, depois tentou sufocá-la com um travesseiro e acertou um canivete. Em seguida, ele foi para um motel no bairro Grama, descansou por duas horas, e foi para a casa dele, no Alto dos Passos, de posse de um machado e atacou a mãe, que estava sonolenta, e a sobrinha, que dormia. A motivação foi um suposto processo de herança do avô dele, que a família estaria unida para prejudicá-lo. Ele conta os fatos com naturalidade, dá detalhes de cada crime, mas ao final, se diz arrependido. A polícia acredita que ele estava planejando o crime a aproximadamente uma semana, já que ele estava com um carro alugado e que possuía um rastreador", conta.

Em conversa com a imprensa, o suspeito disse que sofria "perseguição política" da Polícia Federal e que "arranjou um jeito mais rápido de matar" as vítimas, tentando comprar uma arma de fogo "no morro". Ele usava o machado para trabalhar em uma das fazendas da família e carregava o objeto no porta-malas do carro. O suspeito também se disse duramente arrependido e afirmou que as três mulheres estavam dormindo no momento que cometeu os crimes.

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