Ervália e Manhuaçu, na Zona da Mata, são alvo de operação de combate à corrupção

Doze estados estão sendo investigados. Segundo Ministério Público e Polícia Federal, desvio de verbas pode ultrapassar R$ 1 bi

Da Redação
9/4/2013
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O Ministério Público e a Polícia Federal deflagraram nesta terça-feira, 9 de abril, operações de combate à corrupção nos estados da Bahia, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Rondônia e São Paulo. O objetivo é acabar com esquemas criminosos cujos desvios de verbas podem ultrapassar R$ 1,1 bilhão.

Em Minas Gerais, as cidades de Ervália e Manhuaçu, ambas localizadas na Zona da Mata, além do município de Resplendor, no Vale do Rio Doce, são alvos de mandados de busca e apreensão. Sete empresas e dois escritórios de contabilidade estão sendo investigados. Participam dessa operação, no Estado, 21 auditores fiscais, 21 policiais militares e três promotores de justiça.

A operação foi dividida por regiões, sendo chamadas de Robusta as ações que ocorrem simultaneamente nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo. A intenção é combater a sonegação fiscal na compra e venda de café.

As investigações tiveram início em maio de 2012 e duraram cerca de um ano. No esquema, o produto do Espírito Santo era vendido dentro do próprio Estado, mas com nota fiscal de empresas supostamente de fachada do Rio de Janeiro e de Minas Gerais. De acordo com o Ministério Público, a produção anual de café do Rio de Janeiro é de 250 mil sacas. O Rio de Janeiro enviou ao Espírito Santo, no entanto, mais de 3 milhões de sacas em 2012, o que chamou a atenção das autoridades.

A estimativa é que, nos últimos três anos, o esquema tenha lucrado mais de R$ 180 milhões. Aproximadamente R$ 2 bilhões em notas fiscais eletrônicas foram emitidas pelas empresas envolvidas no esquema.

Nacional

Em todo o país, são mais de 150 promotores, 1.300 policiais e servidores públicos que agem integrados. A ação é coordenada pelo Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas (Gncoc), que investiga crimes de superfaturamento de produtos e serviços, desvio de dinheiro em órgãos municipais e estaduais, pagamento de propinas, sonegação fiscal, utilização de empresas fantasmas, lavagem de dinheiro, compra de sentenças e enriquecimento ilícito de agentes públicos. A operação, batizada de Operação Nacional contra a Corrupção, visa cumprir 92 mandados de prisão, 337 de busca e apreensão, 65 de bloqueio de bens e 20 de afastamento das funções públicas.

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