Quinta-feira, 29 de abril de 2010, atualizada às 19h20

Sindicatos exigem presença do prefeito nas negociações salariais. Há possibilidade de paralisação

Aline Furtado
Repórter

Depois de mais uma rodada de negociação, realizada nesta quinta-feira, 29 de abril, entre os sindicatos representativos do funcionalismo público municipal e a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), o impasse continua. Diante isso, os sindicalistas exigem a presença do prefeito Custódio Mattos (PSDB) nas próximas reuniões a serem agendadas.

Durante o encontro, o secretário de Administração e Recursos Humanos (SARH), Vítor Valverde, reafirmou a posição do Executivo de oferecer reajuste linear igual a 7%. O percentual é a soma do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) atual, que é de 5,11%, acrescido de 1,89%, que representa 34,1% do IPCA de 2009. O índice é rejeitado pelos funcionários, que reivindicam aumento igual a 15%.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Juiz de Fora (Sinserpu), Cosme Nogueira, com base nos números apresentados pela PJF durante a negociação, foi verificada a possibilidade de aumento superior ao que vem sendo oferecido.

"Percebemos que o Executivo pode, sim, conceder um reajuste que englobe tanto o IPCA do ano passado quanto o deste ano. Estamos diante de uma decisão política e cabe ao prefeito dar as explicações." Além disso, Nogueira afirma que a possibilidade de manifestações, como paralisações e greve, não está descartada. "Se a negociação não avançar, estamos sujeitos a isto."

No encontro desta quinta-feira, estiveram presentes representantes do Sinserpu, do Sindicato Profissional dos Médicos de Juiz de Fora, do Sindicato dos Professores (Sinpro) e do Sindicato dos Engenheiros no Estado de Minas Gerais (Senge).

Pautas individuais

Durante a negociação, ficou acertado que serão marcadas, a partir da próxima segunda-feira, 3 de maio, as reuniões com cada sindicato para a discussão das pautas individuais. Uma das questões a serem discutidas está relacionada à revisão do plano de Cargos e Salários.

Os textos são revisados por Madalena Fernandes