Victor Bitarello Victor Bitarello 27/08/2014

O grande "O Grande Hotel Budapeste"

Ralph Fiennes se tornou mais amplamente conhecido após atuar num filme do início da década de 90 – filme incrível, diga-se – chamado "A lista de Schindler", que lhe trouxe sua primeira indicação às principais premiações do cinema internacional, e a vitória no BAFTA (Academia Britânica de Artes do Cinema e Televisão", em inglês), como melhor ator coadjuvante interpretando o nazista sádico Amon Göth. Ralph é um homem já de meia idade, do tipo loiro, possui uma beleza não óbvia, e é um ator fantástico. Provavelmente, ele é muito conhecido por quem acompanhou a série "Harry Potter", apesar de seu rosto estar bem transformado, já que ele vive nos filmes o cruel "Lord Voldemort". Caso não apareça alguém que o supere (e tem que ser uma superação muito forte), Ralph Fiennes vencerá, no ano que vem, o Oscar, e demais prêmios, de melhor ator por "O Grande Hotel Budapeste".

"O Grande Hotel Budapeste" conta a história de um Concierge, M. Gustave (Ralph) e de um mensageiro (Tony Revolori), em um momento específico de suas vidas, num hotel grandioso no período entre as duas grandes guerras mundiais do século passado. O mensageiro é um jovem rapaz de um país distante, que se torna "queridinho" de M. Gustave, algo como um "braço direito". Após presenciarem a leitura do testamento de sua milionária amiga, Madame D. (Tilda Swinton), Gustave é acusado de sua morte, sendo perseguido por homicídio, e vivendo, assim, junto ao amigo mensageiro, uma séries de aventuras.

O filme não é um longa do tipo comum, ordinário. Tem uma série de partes típicas de filmes da época em que a história se passa (como o preto e branco, a tela curta, a tela redonda), seu roteiro possui um humor muito irônico, que em várias vezes chega ao absurdo, conta com a atuação de muitos atores consagradíssimos, como F. Murray Abraham, Jeff Goldblum, Willem Dafoe, Harvey Keitel, Edward Norton e etc, etc e etc. (são vários, vários mesmo), que o temperam com um gosto delicioso. O roteiro e direção do americano Wes Andersen são tão ousados, tão agradáveis. As cenas muitas vezes me fizeram pensar: "não é possível que isso está acontecendo, que incrível!". É um filme realmente fabuloso.

Fica uma linda dica pra quem ler essa coluna. "O Grande Hotel Budapeste" é um excelente trabalho, feito por alguém que deve amar demais essa arte chamada cinema.


Victor Bitarello é bacharel em Direito pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), pós-graduado em Direito Penal e Processual Penal pela Universidade Candido Mendes (UCAM). Ator amador há 15 anos e estudioso de cinema e teatro. Servidor público do Estado de Minas Gerais, também já tendo atuado como professor de inglês por um período de 8 meses na Associação Cultural Brasil Estados Unidos - ACBEU, em Juiz de Fora. Pós graduando em Direito Processual Civil.

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