Victor Bitarello Victor Bitarello 11/06/2015

"Qualquer gato vira-lata 2"

Eu não me lembro bem do primeiro filme que gerou a sequência, mas eu me lembro de tê-lo assistido no cinema (infelizmente, muita gente, hoje, perde o prazer do cinema, com a desculpa da economia obtida com a internet, ou por possuir canais fechados, ou por preguiça mesmo). Fui, ri bastante, enfim, gostei. Ninguém no elenco estava entre meus atores favoritos, dos que temos aqui no Brasil. Comédia romântica também não é meu estilo de filme preferido. Mas eu curto prestigiar o cinema nacional. Penso que aos poucos, se os filmes forem prestigiados, a tendência é o surgimento de mais filmes "diferentes", com propostas alternativas. No entanto, mesmo "Qualquer gato-vira lata" tendo características típicas de filmes que não gosto, eu gostei. E muito.

Aí, recentemente, lançaram "Qualquer gato vira-lata 2". O motivo pra ir ao cinema já não é mais o mesmo do primeiro. As razões para não ir também se alteraram. O primeiro me chamou para o segundo, na esperança de conseguir viver, novamente, um momento de lazer e diversão diante da telona, por cerca de hora e meia, duas.

O filme conta a história de Tati (Cléo Pires) e Conrado (Malvino Salvador). Eles estão de viagem para o México. Enquanto que ele está indo no intuito de participar de um debate sobre a tese de seu livro, bem como para promovê-lo, ela preparou toda uma série de situações para pedi-lo em casamento. No entanto, o que ela menos imaginava, é que Conrado não diria nem sim nem não. Ele vira pra ela e pede para pensar! Só que Tati havia espalhado câmeras por todo o restaurante em que fez o pedido. Com isso, os amigos no Brasil, a mãe de Conrado, colegas do trabalho, e até mesmo seu ex-namorado, Marcelo (Dudu Azevedo), acabam vendo o que aconteceu. Se sentindo humilhada, ela decide romper tudo com o namorado. Marcelo, então, decide aproveitar a oportunidade e ir para o México tentar reconquistá-la. Só que quem também está hospedada no hotel é a ex-mulher de Conrado, Ângela (Rita Guedes), a fim de enfrenta-lo no debate, e acabará também aproveitando para tentar se reaproximar.

Esta é a história. Toda ela está acima, resumidinha. Não há grandes subtendidos no filme. Trata-se de um longa feito para o público ir, rir, sair comentando o momento que mais riu, ou então um casal sair abraçado imaginando uma viagem para um resort como aquele, enfim. É um filme gostoso de assistir. É leve, é fácil, é simples. Não há nada que não se consiga entender com facilidade. As locações são deslumbrantes. Cléo, Malvino e Dudu estão em vários momentos com boa parte do corpo sendo exposto, o que ajuda a vender bem o filme e agradar mais ainda ao público.

A comédia permeia o filme como um todo, mas os momentos de mais risadas, daquelas que saem altas e contagiantes, sem dúvida se dão com as participações de Stella Miranda (no papel de Glaucia, mãe de Conrado) e Marcelo Saback (garoto de programa, que também está no hotel). Quando os dois estão em cena com o propósito de fazer rir, eles fazem. E muito! A plateia respondeu muito bem a eles. E eu também!

Humildemente, eu recomendo "Qualquer gato vira-lata 2" a todos aqueles que estão a fim de um filme agradável num fim de semana, ou simplesmente se permitirem sair de casa para curtir um lazer outro que não o da TV ou do computador.


Victor Bitarello é bacharel em Direito pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), pós-graduado em Direito Penal e Processual Penal pela Universidade Candido Mendes (UCAM). Ator amador há 15 anos e estudioso de cinema e teatro. Servidor público do Estado de Minas Gerais, também já tendo atuado como professor de inglês por um período de 8 meses na Associação Cultural Brasil Estados Unidos - ACBEU, em Juiz de Fora. Pós graduando em Direito Processual Civil.

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