Terça-feira, 4 de janeiro de 2011, atualizada às 18h40

UFJF vai receber R$ 350 mil para capacitar profissionais para atendimento a usuários de crack e outras drogas

Aline Furtado
Repórter

Até o final de 2011, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) vai receber aproximadamente R$ 350 mil, a serem destinados à capacitação de profissionais para atendimento a usuários de crack e de outras drogas. Além disso, os recursos serão empregados em ações de pesquisas relacionadas ao uso de drogas. O valor é proveniente de editais abertos pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pelo Ministério da Educação (MEC).

De acordo com o professor da Faculdade de Psicologia, Telmo Mota Ronzani, embora não existam dados com relação ao número de usuários em Juiz de Fora, relatos de profissionais da saúde confirmam o aumento. "A procura por tratamentos, por parte de usuários de drogas, tem aumentado consideravelmente."

Contudo, Ronzani lembra que muitos deixam de procurar ou abandonam os serviços de assistência médica, por se sentirem discriminados, daí a necessidade da capacitação. "Tanto os profissionais da rede de saúde quanto os da assistência social não estão preparados para lidar com o problema."

Além disso, segundo Ronzani, a rede de atendimento aos dependentes e seus familiares apresenta deficiência de profissionais. Com o repasse, será possível capacitar e acompanhar aqueles que já atuam, a fim de garantir atendimento adequado e qualificado.

Centro regional

Um dos repasses já feitos à UFJF, no valor de R$ 300 mil, será destinado à criação do Centro Regional de Formação Permanente na Área de Crack e Outras Drogas, o espaço faz parte do Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas, instituído em maio de 2010 por meio de decreto.

O centro oferecerá cursos presenciais, com conteúdo de nível médio e superior, e duração de até 12 meses cada. As atividades serão voltadas para a atualização e o aperfeiçoamento, principalmente de
profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) e do Sistema Único de Assistência Social (Suas), como médicos do Programa Saúde da Família (PSF), agentes comunitários, agentes sociais, profissionais de hospitais gerais, entre outros.

Os textos são revisados por Thaísa Hosken