Quarta-feira, 6 de maio de 2009, atualizada às 19h

Greve dos professores da rede municipal completa 15 dias e deixa mais de 50 mil sem aulas

Daniele Gruppi
Repórter

A greve dos professores da rede municipal completa 15 dias nesta quarta-feira, 13 de maio, e a categoria não dá sinais de que vai ceder diante do reajuste zero. Em assembleia, os educadores votaram pela continuidade do movimento, que deixa mais de 50 mil estudantes sem aulas em Juiz de Fora.

Enquanto a categoria estava em assembleia, o comando de greve se reunia com o prefeito Custódio Mattos (PSDB) para tentar resolver o impasse nas negociações salariais. Segundo o presidente do Sindicato dos Professores (Sinpro), Roberto Cupolillo, não houve avanços. "O prefeito manteve o posicionamento da impossibilidade em conceder reajustes. Trata-se de uma decisão política."

Para o Sinpro, com a verba do Fundeb é possível atender algumas reivindicações. "Apenas no mês de abril houve um decréscimo no repasse da verba, nos meses anteriores houve acréscimo e o saldo é positivo."

A negociação salarial continua com o secretário de Administração e Recursos Humanos, Vítor Valverde, nesta quinta-feira, 14. A categoria entende que é importante a presença ativa da secretária de Educação, Eleuza Barboza, para solucionar a questão. Entre as reivindicações estão o reajuste de 19%, a remuneração por reunião pedagógica e a correção da Contribuição para Valorização do Magistério (CVM).

A próxima assembleia da categoria ocorre na segunda-feira, dia 18, às 15h, no Teatro Pró-Música. Conforme balanço da Prefeitura Municipal de Juiz de Fora (PJF), o movimento conta com 77% de adesão.

Os textos são revisados por Madalena Fernandes