Resultados de exames por e-mail Ainda s?o poucos, mas alguns laborat?rios de Juiz de Fora j? aderiram ? pr?tica de enviar resultados dos exames por e-mail

Thiago Werneck
Colabora??o
28/05/2007

A maioria dos laborat?rios de Juiz de Fora ainda n?o usa a internet ou os e-mails como formas de se comunicar com o cliente, mas aqueles que j? aderiram ? pr?tica, garantem o sigilo no envio dos exames.

O respons?vel pelo setor de inform?tica de um dos laborat?rios de an?lises cl?nicas da cidade, Celso Henrique Medeiros (foto abaixo), acredita que o sigilo fica garantido ao ser enviado por e-mail. "Sendo via e-mail n?o h? problema, fica a cargo da pessoa ter uma senha pessoal que ningu?m vai invadir" , ressalta.

Nesses casos, nos poucos laborat?rios que oferecem esse servi?o na cidade, o cliente tem a oportunidade de escolher se quer receber tudo via internet. "Fica a cargo do cliente. Geralmente, o servi?o ? solicitado para que a gente envie algum exame com urg?ncia para algum m?dico. ?s vezes, o paciente est? em consulta, o m?dico quer ver o resultado do exame, ent?o, o cliente nos liga e enviamos por e-mail", conta Celso.

Mas, segundo ele, ? raro um paciente solicitar o envio por e-mail. "O povo ainda n?o est? acostumado com isso. A maioria prefere vir pessoalmente pegar o exame e j? conversar com o m?dico, mas a tend?ncia ? que isso se modifique com o passar do tempo", relata o respons?vel pela ?rea de inform?tica.

Anderson, propriet?rio de loja de computadores Deixar o exame dispon?vel ? mais uma forma de dar conforto ao paciente, e um jeito de fidelizar o cliente atrav?s de um servi?o de internet vi?vel no sistema j? usado no laborat?rio. A pr?tica j? n?o ? adequada no caso da laborat?rios que fazem exames de anatomopatologia e citopatologia, que podem dar resultados mais delicados e identificam, por exemplo, uma doen?a como c?ncer.

Nesses casos, a tecnologia n?o ? aprovada por quest?es especiais de rela??o entre m?dico e paciente. A gerente administrativa de um laborat?rio da cidade, Mara Cristina Souto Gomes, explica que ? muito perigoso romper o la?o entre m?dico e paciente. "? uma quest?o delicada. Muitas vezes, s? o m?dico pode entregar o exame, principalmente, caso seja uma doen?a grave. A pessoa tem que ter um apoio e precisa entender a gravidade da doen?a o que pode n?o acontecer caso ela abra o exame em casa, sem aux?lio. Por isso, nada de internet nessa hora", destaca.

Cuidado na hora dos exames delicados

A maioria dos laborat?rios que fazem esse tipo de exame acreditam que mandar resultados via e-mail ? algo ainda fora de cogita??o, justamente pela import?ncia do exame. J? para os laborat?rios que fazem exames de sangue, urina e fezes, o recurso tecnol?gico ? uma boa alternativa. A internet n?o ? utilizada quando os clientes t?m em sua maioria baixo poder aquisitivo ou quando o sistema ainda est? sendo melhor analisado.

No caso de um laborat?rio especializado em exames de imagem, o problema encontrado ? o tamanho do arquivo de cada uma delas. Os exames possuem alta defini??o e o sistema de computador do cliente, na maioria das vezes, pode n?o comportar o arquivo com as imagens. Por isso, o envio de exames s? acontece entre as pr?prias cl?nicas do grupo.

Se a maioria ainda n?o manda e-mail, h? laborat?rios que v?o mais al?m e armazenam todo o hist?rico de exames do cliente. A pessoa que se interessar recebe uma senha e com ela pode ver todos os resultados de exames que j? fez. O s?cio propriet?rio, Ricardo Vilella Bastos, explica que apesar da novidade, o interesse ainda ? pequeno por parte dos clientes e menor ainda dos m?dicos. "Acreditava que ia ser mais procurado, mas falta o h?bito da maioria da popula??o de acessar a internet. As pessoas que usam o sistema gostam dele e podem imprimir em casa seus exames", ressalta.

De acordo Ricardo, o sigilo dos exames fica garantido. "O sistema foi todo pensado nesse sentido. Os m?dicos s? t?m acesso aos exames que eles pediram. Sendo que s? os pr?prios pacientes podem ver todo seu hist?rico. Acredito que essa ? a tend?ncia natural das coisas, mas ainda falta a popula??o ter o h?bito de usar a internet para este fim", completa.

*Thiago Werneck ? estudante de jornalismo da UFJF