Xadrez, estampas de bichos e listras estão entre as tendências da moda outono/inverno Detalhes que fizeram sucesso na coleção primavera/verão, como laços e babados, ainda podem ser vistos, conferindo um ar romântico às peças

Aline Furtado
Repórter
12/5/2011
Roupas e acessórios

Embora o inverno só chegue no mês de junho, o frio já resolveu dar o ar da graça. Com isso, é hora de abandonar o que foi moda na coleção primavera/verão e buscar o que há de novo na moda outono/inverno.

As vitrines e as peças que são vistas pelas ruas já dão a dica de que estampas de bichos como onças, zebras, cobras, entre outros, assim como listras e xadrez estão fazendo a cabeça de homens e mulheres.

As mulheres podem usar e abusar de estampas florais, sejam pequenas ou grandes, de corações, de cerejas e da clássica piet de poule. "No caso das flores, por exemplo, não é o mesmo ar de verão, geralmente as estampas vêm sobre cores escuras, que dão o tom do inverno", explica a estilista e proprietária de uma loja de roupas, Suzana Maria Andrade Fonseca de Lima.

No caso das estampas de animais, ela lembra que o bom senso é fundamental na hora da escolha das peças que irão compor o visual. "Se o acessório é de oncinha, por exemplo, a roupa deve ser básica. No caso de uma peça, como uma blusa, imitar as cores da onça, o ideal é que o resto do figurino seja neutro, combinando com a peça, a fim de que a composição não fique pesada. Este tipo de estampa chama muito a atenção."

Com relação ao formato e até mesmo aos detalhes das peças, Suzana destaca que roupas que remetem à montaria são sucesso garantido. "São recortes e reforços, como no caso de uma legging com detalhes na altura dos joelhos, uma espécie de reforço, que lembra as roupas usadas por quem monta a cavalo."

No caso das cores, além das já tradicionais para esta estação, como preto, cinza, marrom, estão em alta o azul marinho, o bege e o camelo, nome dado ao antigo mostarda. "O branco tem sempre seu espaço. Agora vem sendo muito usado debaixo de camisas xadrez e casacos." Já com relação aos tecidos, a estilista lembra que estão em alta o tricô, o moleton, além de malhas variadas. "A pele sintética também vem com força, geralmente como detalhe em capuz, por exemplo."

Detalhes que resistiram

Laços e babados fizeram sucesso durante a primavera e o verão. Mas quem pensa que esses detalhes precisam sair de cena no inverno está enganado. "O que temos são peças em tecidos mais pesados, como o tricô, por exemplo, que trazem laços, dando um ar angelical ao visual." Além disso, babados podem ser vistos em detalhes de mangas, conferindo, assim, romantismo à produção. Além destes detalhes, uma peça que está em cena há algum tempo e continua durante o frio é o colete. "Coletes sobre camisas fazem muito sucesso."

Homens

Para os homens, as cores que estão em alta são as várias tonalidades de cinza, o azul marinho e o preto. "Curiosamente, as camisas que trazem vermelho estão tendo boa saída", destaca a proprietária de uma loja de roupas masculinas, Cláudia Scaldini. Assim como no caso das mulheres, o xadrez caiu no gosto dos homens. "As listras também são tendência."

Já as calças, segundo Cláudia, acabam acompanhando a moda de cores escuras no inverno. "Peças muito escuras, sem lavagem, estão entre as que mais saem." Já com relação aos tecidos, ela afirma que a flanela e o brim são os mais procurados.

Frio aquece as vendas

Faltando um mês para o Dia dos Namorados, lojistas afirmam que ainda é cedo para que o movimento tenha início. "O que percebemos, é que com a chegada do frio, as vendas deram uma alavancada", aponta Suzana. Para Cláudia, a expectativa é de boas vendas daqui para frente. "Temos um grande evento no final do mês de maio, em seguida, o Dia dos Namorados. Isso contribui e, se estiver frio, a tendência é que o volume de vendas cresça ainda mais."

Segundo informações da Câmara de Dirigentes Lojistas de Juiz de Fora (CDL/JF), a expectativa quanto às vendas para o dia 12 de junho é positiva. Os empresários, de acordo com pesquisa realizada no comércio da cidade, esperam vendas até 15% maiores do que as registradas em 2010.

Os textos são revisados por Thaísa Hosken