Artigo
Fora do jogo?
:::25/07/2005

Uma jornalista muito s?ria lan?ou uma nova e, ? primeira vista, estranha teoria sobre o comportamento da mulher moderna. Diz ela que n?s n?o somos mais felizes em casa e no trabalho porque n?o jogamos futebol na ?poca da nossa inf?ncia.

Calma, bonita! Eu tamb?m fiquei pensando no que minhas bonecas e toda minha vida l?dica de crian?a teriam a ver com a maneira que eu encaro a vida. Mas, juro, depois de muito observar, a jornalista me convenceu.

Eu explico. Esse ? um efeito borboleta que faz muito sentido. A jornalista diz que os garotos aprendem, a partir do campo de futebol e da forma??o do seu time, a verdadeira compreens?o do esp?rito de equipe. Mesmo se ele n?o gostar do coleguinha parceiro, ele quer que o seu time ven?a e tenta tocar a bola com a m?xima perfei??o para o outro marcar. Ele sabe e respeita exatamente as fun?es de cada jogador - do goleiro ao atacante - e sabe focar no objetivo comum: quer terminar o jogo com um placar positivo. Se comete uma falta, pode at? reclamar, mas entende e aceita o p?nalti - a chamada penalidade m?xima do jogo. Ele vive a energia do futebol em casa, no trabalho, nas rela?es. E t? tudo dominado.

? engra?ada essa compara??o da jornalista quando ela atribui ?s nossas bonecas (e nossos umbigos!) a mania de colocarmos nossos sentimentos na frente de tudo.

Para ela, todas n?s, independentes de sermos goleiras, zagueiras ou atacantes na vida, queremos marcar o gol.

Mas eu vou al?m! Acho que as mulheres definitivamente n?o querem marcar o gol, mas sim discutir a rela??o, acertar nas escolhas, vencer nossos rivais, estejam no mesmo time ou n?o. Muitas vezes, esses "rivais" s?o marido, amigas, espelho, filhos, balan?a, idade e tudo mais que possa amea?ar a possibilidade de sermos a melhor em campo. A guerra dos sexos j? era; a batalha hoje ? entre n?s. Lamento dizer, amore, mas o mundo ainda ? dos meninos...

Assim como essa jornalista, eu n?o sou psic?loga, nem especialista em comportamento feminino. Assim como ela, eu apenas adoro ouvir, observar e escrever sobre a dor e a del?cia de ser mulher. E, a partir deste m?s, aqui na ACESSA.com, n?s vamos conversar sobre todas as vers?es (e avers?es) femininas, que tanto nos aflige, nos faz rir e nos torna especiais. Temos muito que compartilhar! Porque eu sei muito bem como ? dif?cil se sentir bem na pr?pria pele e, afinal, n?o podemos ficar "fora desse jogo". Espero sua participa??o. Um grande beijo e at? agosto!

Em tempo: algu?m se arrisca a dizer como ser? o futuro dessa gera??o de meninas que entram em campo e at? trazem medalhas no futebol e de meninos mergulhados num mundo de aparente solit?rio do computador e do videogame?



A miss sabe o que diz
Para voc? que ainda acredita que "O Pequeno Pr?ncipe" (do franc?s Antoine de Saint-Exup?ry) ? um livro apenas para crian?as e misses, "tu n?o ?s um homem de verdade. Tu n?o passas de um cogumelo!" Essa ? minha dica da hora, essa obra pura, filos?fica e muito po?tica. Tanto questionamento do principezinho sobre a vida levou-o acreditar que "o essencial da vida ? invis?vel aos olhos". E ? mesmo.



At? tu, luxo?
O imp?rio Daslu caiu mesmo do salto. S? faltou mesmo uma mala chiqu?rrima ou uma roupa ?ntima de grife para entrar na ?ltima moda do crime. Muito feio isso





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Andr?ia Barros ? jornalista
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