2? Pesquisa de Turismo GLS
P?blico GLS gasta R$ 179 por dia no com?rcio local

Ludmila Gusman
25/10/02

O p?blico GLS n?o s? proporciona festa e repercuss?o nacional a Juiz de Fora - com o Rainbow Fest e o tradicional Miss Brasil Gay - como tamb?m injeta muito dinheiro na economia local. Os dados da segunda pesquisa realizada pelo Movimento Gay de Minas (MGM) em parceria com as faculdades de Turismo da UFJF, Unipac e Santos Dumont e o Col?gio T?cnico Universit?rio (CTU), n?o deixam mentir. Nos ?ltimos eventos realizados entre os dias 13 e 17 de agosto de 2002, os 4.464 turistas deixaram na cidade R$ 1.598,450. O valor equivale a um gasto m?dio di?rio de R$ 179, tr?s vezes mais que o turista deixa em dias "normais", ao longo do ano.

A pesquisa constatou tamb?m que 39% dos turistas estavam dispostos a gastar entre R$ 100 e R$ 300; 29% entre R$ 300 e R$ 500 e 3% acima de R$ 1000. "Dentro do universo de turistas que estiveram em Juiz de Fora esses valores representam muito", ressalta o presidente do MGM, Oswaldo Braga J?nior. Segundo ele, os n?meros est?o dentro dos par?metros do ano passado. "S? n?o s?o maiores por falta de incentivo e espa?o nos hot?is da cidade. Os R$ 60 mil que investimos no Rainbow Fest foram captados pelo MGM, fora da cidade. N?s n?o recebemos nenhuma ajuda da economia local, a n?o ser R$ 2 mil da Prefeitura para a fabrica??o dos panfletos. Al?m disso, a capacidade hoteleira da cidade ? de 3.476 leitos, n?o comporta mais que isso", lamenta.

De acordo com a pesquisa, a maioria dos turistas (72%) se hospedou nos hot?is e 23% em casa de amigos. Outro dado importante, segundo Oswaldo, ? que, ao contr?rio do que se pensa, o juizforano n?o se importa que a cidade seja conhecida como p?lo do turismo gay. Do total de entrevistados, mais da metade (55%) considera "boa" essa denomina??o e 57% acham importante os eventos GLS para economia do munic?pio. "Isso prova que o Rainbow Fest, o Miss Gay, a Lei Rosa e a seriedade com que o MGM desenvolve seu trabalho est?o fazendo de Juiz de Fora n?o uma capital de 'viados' como dizem, e sim uma cidade de vanguarda e reconhecimento", diz o presidente do MGM.

Os dados coletados mostraram tamb?m que ? preciso investir mais nos pontos tur?sticos, j? que 55% dos visitantes n?o conhecem os locais atrativos da cidade. A discrimina??o ? outra quest?o que preocupa. Apesar de a pesquisa constatar que 2% foram discriminados, durante o evento, Oswaldo n?o considera o n?mero baixo. "Queremos que 100% do p?blico n?o seja discriminado. No total de quase cinco mil turistas, dez foram sofreram discrimina??o nos hot?is e nas ruas. O n?mero n?o ? baixo. Infelizmente, ainda temos muito que trabalhar", afirma.

Com?rcio Livre
Dos turistas entevistados, 52% v?o ?s compras no tempo livre durante a perman?ncia em Juiz de Fora e 38% frequentam os restaurantes enquanto participam do Rainbow Fest. Com base nesses dados concretos, Oswaldo Braga, justifica a luta do MGM para o apoio ao livre com?rcio. No ?ltimo dia 23 de outubro, eles estiveram ao lado de representantes da Associa??o Comercial de Juiz de Fora, C?mara de Dirigentes Lojistas, Centro Industrial e sindicatos para assinar uma carta/manifesto de apoio ao livre com?rcio.

"O crescimento do setor do turismo na cidade depender? fundamentalmente da adequa??o do hor?rio de funcionamento do com?rcio ? disponibilidade dos turistas para as compras", acredita. (Leia mais)

A Pesquisa
Para obter as informa?es precisas, a pesquisa alterou a metologia aplicada no ano anterior, envolvendo desta vez a comunidade no processo. Ao todo, foram feitas 868 entrevistas nos bairros do Centro, S?o Mateus, Bom Pastor, Santa Luzia, Benfica, Valadares e Parque Halfeld (dia 17/08). Confira o resultado:

* Os dados da pesquisa e os gr?ficos utilizados na mat?ria foram fornecidos pelo MGM
- Pesquisa realizada em 2001