Sindicatos de Juiz de Fora lançam campanha Anula Reforma nesta quinta

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Sindicatos de Juiz de Fora lan?am campanha Anula Reforma nesta quinta
Quinta-feira, 14 de setembro de 2017, atualizada às 19h29

Sindicatos de Juiz de Fora lançam campanha Anula Reforma nesta quinta

Angeliza Lopes
Repórter

Em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira, 14 de setembro, os sindicatos filiados à CUT Regional Zona da Mata lançaram a campanha 'Anula Reforma' em Juiz de Fora. A iniciativa  tem como objetivo recolher assinaturas para o Projeto de Lei de Inciativa Popular (PLIP) que revoga a Reforma Trabalhista e de Terceirização - Lei 3.467/17 e Lei 13.429/17. Lançada nacionalmente pela CUT durante o Grito dos Excluídos, no último dia 7, a ação pretendem coletar mais de 1,3 milhões de assinaturas, quantidade necessária – equivalente a 1% do eleitorado brasileiro – para que o projeto seja protocolado no Congresso Nacional.

A campanha vai até o dia 11 de novembro, quando representantes vão em caravana para protocolar o projeto na Câmara dos Deputados, mesmo dia que entra em vigor a reforma trabalhista, que altera 117 artigos dos 900 que a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) possui (Veja as principais mudanças aqui). Segundo a diretora do Sinpro-JF, Aparecida Oliveira, as regras para que um projeto de iniciativa popular tenha êxito, é necessário seguir algumas regras. “Cada pessoa que deseja assinar abaixo-assinado, deve informar nome completo, endereço e informações do título de eleitor. Mas, é possível conseguir, já que temos histórico de 11 projetos aprovados desta forma”, destaca.

O vice-presidente da CUT Zona da Mata e diretor do sindicato dos Correios, Reginaldo de Freitas Souza, ressalta a importância da iniciativa junto com as centrais sindicais. “Tudo que a classe trabalhadora tem hoje foi fruto de demissões de companheiros que perderam até a vida nestes empates. São conquistas e direitos que a gente não pode deixar esvair desta forma”, disse, lembrando a necessidade da conscientização da população para que saibam a força que o trabalhador, demonstrado através deste projeto.

O representante do Sindicato dos Técnico-Administrativos em educação das Instituições Federais (Sintufejuf) Flávio Sereno comemora a proposta, intensificada pela união sindical observada na cidade desde o início do ano. “Se somos prejudicados juntos, temos que lutar juntos. Destaco que a agenda do Governo Temer é tão avassaladora e rápida que, além trabalharmos com as manifestações e paralisações para resistir as ações que ainda não vieram, temos que reverter as que já foram aprovadas. E, trazer canais institucionais através deste projeto para retornar as reformas já aprovadas é muito importante”.

Outro canal que faz parte desta campanha é o site 'NA PRESSÃO', que permite pressionar parlamentares, juízes, ministros ou qualuqer outras autoridade ou representante popular, por meio de envio de e-mail, mensagens nas redes sociais e até ligações telefônicas.

O vereador Roberto Cupolillo, Betão (PT), também esteve presente na coletiva e disse que levará o assunto para discussão na Câmara dos Vereadores. “Pretendo levar o assunto para a Tribuna Livre e agendar Audiência Pública com intuito de repercutir para mais pessoas este projeto de iniciativa popular”.

Como assinar?

Para que a população tenha acesso ao abaixo-assinado, todas as sedes onde funcionam os sindicatos participantes, que são dos Metalúrgicos, Sind UTE-MG, Bancários, Sintufejuf, Sinpro-JF, Correios e Sub Sede do Sind UTE de Juiz de Fora, terão disponíveis os formulários para assinatura. Todos os endereços estarão abertos de segunda a sexta-feira, em horário comercial, para a coleta.

Outra opção que pretende facilitar os trabalhos e ajudar na conscientização direta da população sobre os impactos das reformas trabalhista e de terceirização são os mesões de coleta de assinatura itinerante. As ações serão revezadas pelos representantes sindicais, que vão atuar das 15h às 18h em vários pontos da região Central do município. “Com estes mesões, podemos explicar melhor população sobre a iniciativa, além de reforçar os prejuízos causados por estas reformas, que atingem todos nós”, complementa a diretora do Sinpro-JF.