Terça-feira, 31 de dezembro de 2013, atualizada às 08h37

Especialista explica como se deve planejar o ano novo

Eduardo Maia
Repórter
Coaching

Metas, planos, sonhos. No início de um novo ano, as pessoas se propõe a fazer planejamentos que visam, em sua maioria, a um objetivo comum: alcançar a satisfação e a felicidade. Embora o tempo seja propício a esta reflexão, é necessário antes avaliar a maneira como se têm planejado e se, dessa forma, a pessoa tem sido gentil consigo.

Quem explica é o especialista em coaching, Renato Couto. Segundo ele, as pessoas devem antes realizar uma "limpeza interior" antes de partir para qualquer planejamento. "A gente se trava porque começa a pensar nos problemas que ocorreram no ano que passou e fica focado no passado, no que não foi bom, ou programando o futuro com algo interno que não permita que a gente tenha uma direção para fazer esse planejamento da melhor forma", explica.

Couto afirma que é necessário antes se perdoar pelos objetivos não atingidos, sem fazer deste procedimento uma revisão negativa. "Primeiramente, é bom analisar como foi o ano de 2013. Não só os acertos, mas aonde a pessoa acha que não atingiu os objetivos programados. Mensagem muito importante: não olhar com um olhar negativo, mas um olhar positivo. O que não aconteceu ou não foi atingido, talvez seja uma boa oportunidade para poder desenvolver novas metas a partir deste aprendizado", diz.

Para o especialista, é importante que a pessoa se faça algumas perguntas, para entender a direção por onde caminha. "É interessante que a pessoa se pergunte: O que eu gosto? O que me deixa feliz? O que realmente gostaria de estar fazendo? E pensar nisso para chegar a uma conclusão do que ela realmente quer não só para o próximo ano, mas para os próximos cinco, dez, vinte, cinquenta anos."

Busca pela felicidade

Renato explica que o sentimento de satisfação pessoal e de felicidade, desejado por muitos, é conquistado não somente pelo resultado final do sonho realizado, mas pelo processo de busca ao qual a pessoa se submete. "A pessoa acha que quando conseguir alguma coisa, vai alcançar a felicidade. A felicidade não está no objetivo final, mas na jornada que ela vai seguir até alcançar aquele objetivo. E quando perceber que se sente bem nesta jornada; quando tiver os momentos difíceis, obstáculos, e perceber que aquilo está dentro do planejamento; ela vai se sentir muito feliz. Não apenas por ter conseguido, mas por se sentir competente com o que ela programou para ela", orienta.

Renato CoutoEste processo, segundo o consultor, deve ser seguido tanto para desejos materiais, quanto imateriais. "As pessoas, às vezes, sonham em ter paz. Ter paz é também uma aquisição emocional. A pessoa tem que analisar o passado e saber o que pode lhe deixar bem. Analisar como está pensando, quais as formas estruturais destes pensamentos, se eles tinham o propósito de ser gentil consigo, dentro das suas opções de prazer. E quando a pessoa possui a paz interior, ela tem muito mais energia para conseguir as coisas materiais. Essa prospecção, de como ela tem levado as coisas e utilizar disso como processo de aprendizagem, sem se cobrar porque errou, vai tirar uma grande culpa no presente e permitir que ela usufrua disso como aprendizagem."

O especialista explica que o medo é uma forma de oferecer proteção à pessoa e ela não pode deixar que isso a impeça de enfrentar novos desafios. "Normalmente, as pessoas têm dificuldade de mudar o padrão de vida, porque, na forma como vivem, conseguem sobreviver. E se parar e fizer de outro jeito, é possível conseguir muito mais resultados", recomenda Couto.

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