Veja! Veja! Veja! Gato por Lebre Criada "no susto" a banda faz sucesso em Juiz de Fora



Rita Couto
Colabroa??o
24/05/2005

Ao ouvir, pela primeira vez, o nome da banda, fica-se perguntando: "que esp?cie de nome ? esse? Ser? que o grupo toca mal e eu paguei pelo show pensando que fosse bom, paguei por 'lebre' e vou levar um 'gato'?"

Essas perguntas s?o bem freq?entes quando o assunto ? a banda Gato Por Lebre. Do mesmo jeito que o nome, a banda tamb?m surgiu no improviso.

Tudo come?ou...
...em novembro de 2004 com um convite que n?o p?de ser aceito. Lucas Soares e Rafael Ski, violonistas da Gato por Lebre, s?o tamb?m integrantes de outro grupo musical, a banda Sinopse, que fez um show em uma festa na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e recebeu a proposta de fazer uma nova apresenta??o dois dias depois no mesmo local.

Como alguns membros da Sinopse n?o poderiam comparecer ao segundo show, Lucas, para n?o recusar o convite, decidiu fazer uma apresenta??o de voz e viol?o com Dudu Costa, cantor com o qual j? havia tocado antes.

Reviravolta
Tudo mudou quando a dupla viu o tamanho e a estrutura do palco disponibilizado para o show. "O palco era muito bom para um show s? com viol?o e voz, ia ficar sobrando um espa?o enorme!", conta Lucas.

Assim, um dia antes da apresenta??o, o violonista e o cantor convidaram mais alguns m?sicos conhecidos para o show. O grupo estava formado: Enrico Doid?o e Gibran Lamha na percuss?o, Rafael Ski no viol?o solo, Lucas Soares no viol?o e Dudu Costa no vocal.

Meia hora antes da apresenta??o o repert?rio foi escolhido e inclu?a sucessos de grandes artistas brasileiros, como Tom Jobim e Milton Nascimento. At? ent?o, a banda n?o havia pensado em um nome.

"S? lembramos do nome quando nos perguntaram. Eu dei uma sugest?o horr?vel, Improviso Brasil! Ainda bem que o Lucas teve uma id?ia melhor", lembra Dudu.


"Quando falei Gato por Lebre, eles acharam meio estranho, mas depois que expliquei minha id?ia, concordaram na hora", narra Lucas.
"O p?blico estava esperando o show de uma banda e, no lugar dela, outra iria se apresentar, eles iam levar gato por lebre. Ainda mais porque nunca t?nhamos tocado juntos antes. Foi puro improviso", continua.

Sucesso e originalidade
E o improviso deu certo. Logo depois do show, a Gato por Lebre foi convidada para tocar em um bar de Juiz de Fora. "O que surpreendeu o p?blico foi ver os integrantes da banda com idades entre 20 e 24 anos tocarem m?sicas de qualidade", conta Gibran.

Mas n?o ? s? a qualidade musical que faz da Gato por Lebre um sucesso em Juiz de Fora. O toque final ? dado pelas performances desenvolvidas pelos m?sicos durante a apresenta??o.

Podem ser poesias, interpreta?es, qualquer coisa para fazer com que o show seja mais do que simplesmente tocar. A id?ia partiu de Gibran que, al?m de m?sico, ? ator.

"Uma coisa que ?s vezes me incomoda s?o as bandas que sobem no palco, apenas tocam e v?o embora. O p?blico muitas vezes nem presta aten??o nos artistas, nem sabe como ? a cara deles direito. Por isso eu sugeri que a gente fizesse algo para ficar diferente, para fazermos um show e n?o apenas tocar", conta. "De vez em quando escolhemos um poema de nossa autoria, declamamos no meio da apresenta??o e tocamos uma m?sica que d? continuidade a ele. O p?blico acha muito interessante", completa Gibran.

Com algumas composi?es pr?prias e releituras, a banda Gato por Lebre toca can?es de todos os g?neros. "Escolhemos o que combina melhor com a letra que escrevemos, com a id?ia que queremos passar. Pode ser maracatu, samba ou bossa, n?o importa. Para generalizar, posso dizer que a Gato faz MPB de origem, n?o o que se comercializa hoje", revela Gibran.

*Rita Couto ? estudante do terceiro per?odo de Comunica??o Social da UFJF