Sindicato dos Médicos contabiliza 80% de adesão à greve. Atendimento secundário e UBSs têm funcionamento precário
*Colaboração
A greve dos médicos começou na manhã desta terça-feira com adesão superior à esperada pelo sindicato da categoria. De acordo com o presidente do órgão, Gilson Salomão, cerca de 80% dos profissionais aderiram ao movimento.
"Estamos passando por todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e nos postos secundários para verificar a adesão. Até agora, o movimento está superando nossas expectativas e o atendimento está precário", afirma Salomão. Segundo ele, apenas o atendimento de urgência e emergência no HPS, regionais Norte e Leste e no Pronto Atendimento Infantil (PAI) foi mantido. "Conforme a legislação, 30% da prestação de serviço está garantida."
Segundo balanço da Prefeitura de Juiz de Fora, das 47 UBSs contactadas, 37 tiveram paralisação total de médicos, três tiveram atendimento médico parcial, sete tiveram atendimento médico normal. No Departamento de Clínicas Especializadas (DCE – Pam Marechal), 30 médicos paralisaram suas atividades. No Departamento de Práticas Integradas Complementares (DPIC), oito aderiram à greve. No Departamento de Saúde da Criança e do Adolescente (DSCA), 20 médicos, entre 53, não compareceram ao trabalho. No Departamento de Saúde da Mulher, um médico, entre 25, cruzou os braços.
A categoria se reúne em assembleia nesta quarta-feira, 1° de julho, para discutir os rumos da greve. Na ocasião, Salomão irá apresentar a proposta do Conselho Municipal de Saúde, que pede a manutenção do atendimento em 30% das UBSs. "Nada foi definido, vamos discutir o melhor caminho", acrescenta. A expectativa é de que uma nova proposta do Executivo seja recebida ainda nesta terça, para ser apresentada à categoria na assembleia. Contudo, o presidente do sindicato garante não ter recebido sinalização oficial neste sentido.
*Patrícia Rossini é estudante de Comunicação Social da UFJF
Os textos são revisados por Madalena Fernandes