Assinado contrato de R$ 90 mi do Minha Casa, Minha VidaA terceira verba desde a adesão da Prefeitura ao programa vai construir 1.200 casas no Morro do Alemão. Mais de R$ 110 mi já estão destinados

Aline Furtado
Repórter
14/12/2009

A Caixa Econômica Federal (CEF) assinou, nesta segunda-feira, 14 de dezembro, mais um contrato do programa Minha Casa, Minha Vida. Desta vez, a verba será destinada a moradias em um condomínio fechado no Morro do Alemão, bairro Borboleta. O documento, assinado pelo banco e por uma empresa de incorporação imobiliária, prevê a destinação de cerca de R$ 90 milhões. As habitações serão direcionadas a mais de 1.200 famílias com renda mensal entre três e dez salários mínimos.

Os trabalhos de terraplanagem do local estão finalizados e a área de lazer está sendo construída. A previsão é de que as unidades estejam prontas em aproximadamente seis meses após a assinatura dos contratos.

Este é o terceiro contrato assinado na cidade desde a adesão ao programa. O primeiro, no valor de R$ 7,65 milhões, refere-se ao Residencial Costa do Sol, que contará com cem apartamentos com áreas que variam de 61,52 a 126 m². O imóvel está sendo construído na esquina das ruas Luiz José Esteves e Professor Ernesto Evangelista, no bairro São Bernardo. Serão beneficiadas famílias com renda mensal entre três e dez salários mínimos. O segundo contrato, no valor de R$ 15,96 milhões, refere-se ao empreendimento com 380 moradias que está sendo construído no bairro Sagrado Coração. Neste caso, serão atendidas famílias com renda mensal entre zero e três salários mínimos. O número de unidades mencionadas nos três contratos refere-se à primeira etapa dos empreendimentos.

De acordo com informações da assessoria de comunicação da CEF, a procura pelos imóveis tem sido grande e a previsão é de que novos lançamentos sejam feitos nos próximos dias. No caso do Residencial Costa do Sol, aproximadamente 80% dos imóveis foram vendidos no Feirão da CEF.

O diretor-presidente da Empresa Regional de Habitação de Juiz de Fora (Emcasa), Daniel Ortiz Miotto, explica que a cidade conta com cadastro de cerca de 6.500 famílias, com renda entre zero e três salários mínimos mensais, que aguardam o benefício de acesso à casa própria. "Atenderemos, neste primeiro momento, a 20% do déficit do município, o que equivale a aproximadamente 2.045 moradias. Estamos trabalhando para aumentar esta oferta." Como Juiz de Fora já contava com o cadastro, não foi possível abrir inscrições para o programa para novas famílias. A definição dos cadastrados a serem contemplados deverá ser feita com base em critérios sociais, os quais serão definidos por gestores municipais. Ortiz destaca a importância do Minha Casa, Minha Vida para a população. "Esta é a oportunidade para que as famílias de baixíssima renda tenham acesso à casa própria. Isso contribui para a redução de ocupações irregulares no município e os problemas decorrentes."

Benefícios

Para o presidente do Sindicato da Indústria e Construção Civil de Juiz de Fora (Sinduscon), Leomar Delgado, os benefícios trazidos pelo programa para a cidade são grandes. "Podemos destacar dois benefícios sociais: o atendimento à população de baixa renda, que terá oportunidade de adquirir a casa própria, e a geração de emprego, principalmente para a camada da população que tem menos qualificação." Ele cita, ainda, a oportunidade de empresas da cidade terem trabalho no próprio município. "Outro benefício refere-se às aplicações de fora para a cidade, tanto de valores quanto de serviços."

O gerente de suporte técnico, Renato Fraga Lopes, que adquiriu um imóvel por meio do Minha Casa, Minha Vida, destaca a facilidade proporcionada pelo programa. "A parte burocrática fica por conta da imobiliária responsável e isso facilita muito." Além disso, o gerente cita o incentivo do Governo e o fato de a obra estar garantida pela CEF. "Se houver algum problema com a construtora, a CEF se responsabiliza pela continuidade das obras." Para ele, o único problema foi a burocracia presente na assinatura dos contratos. "Foi um vaivém devido a algumas falhas, mas nada que comprometesse demais."

Retrospectiva

Os textos são revisados por Madalena Fernandes