Campanha #TodosPeloVi estimula cadastro de mais doadores de medula óssea

Vinícius Nascimento de Sá, de dez anos, que teve diagnóstico de leucemia confirmado em maio, gosta de nadar, é músico e já publicou em dois livros

Angeliza Lopes
Repórter
21/02/2017
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Acostumado a atravessar raias e ganhar medalhas, Vinícius Nascimento de Sá, de dez anos, aguarda desde o ano passado seu maior troféu: um doador de medula óssea 100% compatível. Integrante de uma escola de escritores, o garoto já teve textos publicados em dois livros, aos 8 e 10 anos, mas foi no dia 29 de maio que suas histórias passaram a ter uma narrativa diferente. Depois de dois meses sendo tratado para sintomas supostamente da dengue, sua família recebeu o diagnóstico que detectou Leucemia Linfóide Aguda (LLA) com agravante Cromossomo Filadélfia.

O pai de Vinícius, Ederson de Sá, lembra que ele sentia dores nos músculos e juntas, por isso, inicialmente, os médicos acharam que seria dengue. “Foi difícil a descoberta, pois os sintomas da LLA são bem diferentes. Com o diagnóstico, foram oito meses de quimioterapia até ser confirmado a necessidade do transplante urgente, única forma de curá-lo, pois a quimio é muito agressiva e é o que mantêm a leucemia estável”, explica.

Além das atividades como nadador e escritor juvenil, o garoto também gosta de bateria e violão e sempre se mostrou alegre e comunicativo. “Não é porque é meu filho, mas ele sempre gostou muito dos estudos, desenvolvendo várias atividades o tempo todo”, relata o pai, que é marceneiro autônomo. Devido ao tratamento, com sessões de quimioterapia ambulatorial, dentro de casa, ele precisou se afastar da escola convencional, mas tem acompanhamento de um professor particular.

A compatibilidade para quem não encontra doador na própria família é de uma em 100 mil pessoas. E, como Vinícius é filho único - entre irmãos a chance de compatibilidade é de 25%, e não teve confirmação de parente compatível - sua esperança está na busca pelo doador, nos bancos de doação. Por isso, a família e amigos divulgam no WhatsApp um vídeo que chama todos para se tornarem doadores, com a campanha #TodosPeloVi.

fotoEderson, que mora com a esposa e o filho em Juiz de Fora, diz que a mobilização social é muito importante para o aumento do número de doadores no banco. Ele explica que a luta é comum a muitas famílias brasileiras e do mundo, visto que, o transplante de medula é a única cura para leucemia e também outras doenças. Além disso, é possível achar e receber transplante de um doador de qualquer lugar do mundo, através do banco. Caso queira saber como apoiar o tratamento de Vinícius, entre em contato com a família pela página no Facebook e também se torne doador de medula. 

Como doar medula?

Qualquer pessoa, entre 18 e 55 anos, pode se cadastrar como doador de medula óssea. Os interessados devem procurar a unidade do Hemominas de Juiz de Fora, na esquina da avenida Rio Branco com rua Barão de Cataguases, levando um documento original com foto. O cadastramento é feito de segunda a sexta, de 8h às 18h. Em caso de dúvidas, as pessoas podem ligar para (32) 3257-3117 ou 3257-3113.

No local, o futuro doador receberá orientação de como funcionam o cadastro e o transplante. Será colhida uma amostra de 5 ml de sangue, usada para fazer o exame, que terá o resultado codificado e cadastrado no Redome, o banco de dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Os doadores precisam manter os dados atualizados no site do Inca até completar 60 anos, para ser localizado em caso de compatibilidade.


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