Queda na temperatura, aquecimento nas vendas Baixas recordes nos term?metros de JF
nos ?ltimos dias t?m gerado efeitos na economia local

Fernanda Leonel
Rep?rter
06/09/2006
A temperatura baixa que fez tanta gente tirar os casacos do guarda roupa, est? fazendo muita gente sorrir. Comerciantes de v?rios segmentos e at? mesmo o com?rcio informal da cidade aproveitaram a onda de frio dos ?ltimos dias para fazer neg?cio.


Tem gente que queima estoque, que relan?a promo??o, que coloca ? vista do fregu?s tudo que tem de dispon?vel para melhorar a sensa??o dos baixos term?metros. N?o fica dif?cil ver manequins bem agasalhados, com tecidos grossos e golas altas.

Fazer com?rcio ? isso mesmo: um jogo de oportunidades. E para quem achou que ia ter que deixar para 2007 o retorno do investimento do inverno, a chance n?o podia ser melhor: as temperaturas registradas nos ?ltimos dias foram as menores de 2006.

A ?ltima ter?a-feira, por exemplo, registrou o recorde do ano, com m?nima de 8,6 graus na madrugada. Segundo o instituto de meteorologia MG Tempo/Cemig/PUC Minas, o frio ? causado por uma massa de ar polar, que chegou na segunda-feira ? noite ? regi?o e deve se deslocar aos poucos. Mas ? certo que pelo menos at? o feriado, as baixas temperaturas continuam.

No Instituto Climatempo, a expectativa ? de que a temperatura caia ainda mais, variando entre 6 e 16 graus. E para quem gosta desaber se leva a sombrinha na bolsa ou n?o, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), ainda prev? chuvas isoladas para os pr?ximos dias.

Vitrine Nova

As bermudas e camisetas que compunham o cen?rio de uma loja de roupas na Rua S?o Jo?o foram para o fundo da loja. Enchendo os olhos de quem passa na rua, esses dias, est?o mangas longas e golas altas.

E a t?cnica dos manequins agasalhados, parece estar causando inveja em quem passa pelas vitrines. Pelo menos ? isso que refletem as vendas dessa loja nos ?ltimos dias. Segundo a gerente Eliane Melo (foto abaixo), as vendas de roupas de frio cresceram bastante nos ?ltimos dias, principalmente da ?ltima segunda para c?.

Apesar de n?o ter contabilizado os n?meros exatos, ela arrisca a dizer que as vendas desses produtos praticamente dobraram. "Essa queda de temperatura influenciou com certeza. Nos ?ltimos dois dias, que foram os mais frios, por exemplo, vendemos bem mais".

Duas lojas de eletr?nicos e eletrodom?sticos da cidade tamb?m confirmaram que o aumento pela procura de aquecedores aumentou essa semana. Para uma das lojas, algo em torno de 20%, para a outra, a procura foi ainda maior, 40%.

"As pessoas aproveitam as liq?ida?es desses produtos, que s?o normais nessa ?poca do ano, com o incetivo que o tempo d?. Junta-se uma velha vontade, um desejo de consumo, com uma oportundidade", declarou uma das atendentes, que n?o pode ser identificada pelo nome de acordo com as regras da empresa que trabalha.

Essas lojas n?o tem vitrines mudar, mas trouxeramos aquecedores para a porta. ? s? dar uma voltinha pelo centro da cidade para conferir. Quem n?o ? visto n?o ? lembrado.

Aquecimento informal

A economia informal tamb?m est? em festa. Para a ambulante Angela Maria de Oliveira Soares (foto), que tem um ponto fixo na parte baixa da rua Halfeld h? 15 anos, o frio veio para ajudar no or?amento e para equilibrar os preju?zos da Copa.

"O Brasil arrebendou a gente, a? o inverno veio e s? pagou o que a gente comprou. Essa semana gelada veio de lucro, para salvar os estoques que a gente j? tinha imaginado que perdeu", explicou enquanto atendia dois fregueses me busca de cachec?is.

A vendedora diz que j? estava preocupada com a quantidade de luvas, toucas e cachec?is que tinha investido, e que agora, a situa??o est? exatamente o contr?rio. "Eu j? estou perdendo vendas", brinca.


Nos ?ltimos tr?s dias de baixa temperatura, Angelas vendeu nada mais, nada menos que os 130 pares de luva que tinha para oferecer. As toucas tamb?m est?o quase acabando, segundo ela. "As vendas desse produto cresceram 70%", afirmou.

"Foi a surpresa mais agrad?vel dos ?ltimos tempos" resumiu a ambulante Eulimar Nascimento para falar dos benef?cios que a mudan?a de tempo trouxe para o seu seguimento. Ele que cuida da barraca de um amiga na rua Batista de Oliveira, contou as esperan?as renasceram com os baixos n?meros do term?metro.

"A minha amiga j? tinha levado para casa as toucas e cachec?is. J? estava tudo embalado, caixas que a gente imaginou que s? ia abrir no ano que vem", comentou.

Eulimar deu um jeitinho de achar um espa?o para os produtos de inverno ao lado dos colares, aposta do ambulante para o ver?o, ?poca de decotes e espa?os para asses?rios. Pelo visto, ele e a amiga v?o ter que esperar mais um pouco.