MARCELA LEMOS
RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) - A Polícia Civil do Rio investiga se o anestesista Giovanni Quintella Bezerra, 32, também abusou de outras duas pacientes que foram submetidas a cirurgias no mesmo plantão no Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.

O médico foi flagrado, com auxílio de um celular escondido no centro cirúrgico, introduzindo o pênis na boca da terceira paciente atendida no plantão. O caso ocorreu durante uma cesariana.

As suspeitas foram levantadas por integrantes de equipes médicas que atenderam as vítimas. Chamou a atenção dos profissionais o nível de sedação de todas as pacientes - avaliado como desnecessário para um parto.

Outras atitudes também foram consideradas incomuns como uma cabana improvisada para ocultar a visão do rosto da paciente, pedido para que o marido da segunda gestante atendida deixasse a sala de parto e um flagrante de ereção.

Foi após a segunda cirurgia que a equipe decidiu trocar o centro cirúrgico e realizar o terceiro parto em uma sala que seria possível gravar o procedimento.

ENTENDA O CASO
Imagens mostram Giovanni introduzindo o pênis na boca da paciente. Ele foi preso em flagrante por estupro de vulnerável. A pena prevista é de 8 a 15 anos de prisão.

Além de entregar o vídeo com as imagens do estupro, os funcionários informaram que um dos profissionais do plantão chegou a recolher frascos dos anestésicos usados na última paciente e também gazes e papéis usados pelo anestesista para limpar a gestante.

A Delegacia de Atendimento à Mulher de São João de Meriti, responsável pela prisão, apura se mais mulheres foram vítimas de Giovanni.

O anestesista trabalhava há seis meses em 3 hospitais da rede estadual de saúde.

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