Juiz de Fora gasta R$ 750 mil por ano com atendimento a pacientes do Rio de Janeiro

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Sexta-feira, 13 de mar?o de 2009, atualizada ?s 16h57

Juiz de Fora gasta R$ 750 mil por ano com atendimento a pacientes do Rio de Janeiro


Guilherme Ar?as
Rep?rter

Gestores das Secretarias de Sa?de de v?rias cidades fluminenses se reuniram nesta sexta-feira, 13 de mar?o, com representantes da Secretaria de Sa?de de Juiz de Fora. O encontro discutiu a cria??o do Programa Pactuado Integrado (PPI) interestadual para regulamentar o atendimento a pacientes das cidades vizinhas que buscam tratamento em Juiz de Fora. A cidade desembolsa cerca de R$ 750 mil todos os anos com esses pacientes, em atendimentos de alta e m?dia complexidade.

Com a proposta in?dita em Minas, a cidade passaria a receber os recursos referentes aos atendimentos dos pacientes de fora. H? v?rios anos os hospitais p?blicos de Juiz de Fora recebem pessoas das cidades do estado do Rio de Janeiro, mas o munic?pio n?o contava com qualquer repasse de verba por isso. Entre as cidades que mais encaminham pacientes est?o Tr?s Rios, Para?ba do Sul, Levy Gasparian, Paty do Alferes, Areal, Vassouras, Sapucaia, Paulo de Frontin e Chiador.

De acordo com a secret?ria de Sa?de de Juiz de Fora, Eunice Dantas (foto abaixo, ? direita), a proposta n?o ? recusar a vinda desses pacientes, mas controlar as informa?es sobre os atendimentos realizados. "Temos que conhecer essa demanda. Em algumas ?reas temos demanda reprimida at? para os nossos usu?rios", esclareceu.

Os principais procedimentos demandados pelas cidades fluminenses s?o o tratamento oncol?gico e de UTI neonatal, al?m de atendimento de urg?ncia e emerg?ncia. Segundo o subsecret?rio de Regula??o de Sa?de de Juiz de Fora, Luiz Fernando Freesz (foto ao lado, ? esquerda), o sistema de sa?de da cidade oferece folga nos atendimentos oncol?gicos, al?m das ?reas de cardiologia, neurologia e gesta??o de alto risco. "Nessas especialidades o munic?pio tem condi?es de expandir o atendimento para atender as cidades vizinhas. Com a constru??o do Hospital de Urg?ncia e Emerg?ncia, vamos expandir essa oferta para mais 450 leitos, sendo 50 de UTI", garantiu.

O encontro tamb?m discutiu como a PPI pode solucionar a situa??o de pacientes mineiros que buscam atendimento no estado do Rio. "Para muitos moradores de Rio Preto ? mais f?cil ser atendido em Vassouras. E eles tamb?m n?o recebem recursos para atender os pacientes de Minas. O PPI vale para os dois lados", revelou a secret?ria.

As situa?es nas quais os pacientes informam falsos endere?os fazem com que a Secretaria de Sa?de n?o tenha o n?mero exato de pessoas das cidades fluminenses que procuram pela rede de sa?de juizforana. Entretanto, entre novembro de 2008 e janeiro de 2009, foram registrados 154 atendimentos de alta complexidade realizados para esses pacientes. "Temos que regular o fluxo de forma racional e adequada. Sabemos das necessidades que essas cidades vizinhas t?m e queremos atend?-las. O objetivo n?o ? esvaziar os recursos do Rio de Janeiro, mas regular o acesso ? sa?de", garantiu o subsecret?rio.

At? o pr?ximo dia 31 de mar?o, os gestores de sa?de dos munic?pios que participaram da reuni?o v?o analisar suas demandas de atendimento e envi?-las aos representantes da ?rea em Juiz de Fora. Com as informa?es, o grupo pretende tra?ar um perfil de oferta e demanda da sa?de na regi?o. A pr?xima reuni?o acontece no dia 17 de abril, em B?zios. O encontro ser? realizado durante evento do Conselho Estadual de Secret?rios Municipais de Sa?de do Rio de Janeiro (Cosems/RJ).