Quarta-feira, 12 de setembro de 2012, atualizada às 17h

Pacientes reclamam de demora para internação na Santa Casa de Juiz de Fora

Nathália Carvalho
Repórter

Atrasos de mais de cinco horas para conseguir atendimento médico nos setores de internação e cirurgia é a indignação de pacientes que estiveram durante a manhã desta quarta-feira, 12 de setembro, no Hospital Santa Casa de Misericórdia. Em contato com o Portal ACESSA.com, os usuários de dois planos de saúde da cidade afirmaram que tinham hora marcada para serem internados e realizar a cirurgia, porém, a falta de leitos culminou nos atrasos.

Uma dessas pacientes era uma senhora de 82 anos, que deveria ter sido internada às 10h para realização da cirurgia às 13h, mas que ainda aguardava há duas horas na sala de emergência do local. "Ela precisa operar a garganta e não pode ficar aqui esperando, nessas condições. Está uma desorganização total e falta leito para ela ser atendida, sendo que ainda tem quatro pessoas na frente dela esperando também", afirma a filha da idosa, por volta das 12h desta quarta.

Já em outro caso, uma mulher trouxe sua filha de uma cidade próxima para ser internada, conforme agendamento anterior. Segundo ela, as duas chegaram na instituição às 6h e ainda não haviam conseguido ser atendidas até o final da manhã. "A dificuldade para internar está muito grande e não é de hoje. Estamos aqui esperando há horas e não temos parentes na cidade para poder nos abrigar. E o pior é que o hospital não dá nenhum retorno, só manda a gente esperar. Ou seja, não sei quando seremos atendidas", explica.

Já o caso de outra paciente repete-se, visto que trata-se da segunda vez que ela tenta ser internada no hospital. A primeira teria sido há cerca de 15 dias e nesta quarta, ela já esperava há mais de quatro horas. "Marquei minha cirurgia da outra vez e não consegui atendimento até o final do dia. Eles inseriram o cateter em mim e me mandaram de volta para casa. Voltei hoje, e até agora nada. É um absurdo", comenta.

De acordo com as informações repassadas pela assessoria do hospital, não foi possível obter dados detalhados sobre a situação de cada paciente pelo fato deles terem pedido sigilo quanto à sua identidade. Porém, afirmou-se que a situação vivida nesta quarta foge à regra da Santa Casa, que zela pelo cuidado e pronto atendimento de seus pacientes. Ressaltou-se, ainda, que a situação baseia-se em um problema pontual e que pode estar relacionado com diversos fatores como o agendamento individual do próprio médico, que foge ao controle da Santa Casa. Além disso, foi informado que a entidade disponibiliza uma ouvidoria para os pacientes exporem suas opiniões.

Os textos são revisados por Mariana Benicá