Trajes típicos surpreendem jurados, público e concorrentes Looks exploraram a cultura e a peculiaridade dos estados representados. Para enriquecer os desfiles, misses fizeram performances e passos de dança

Daniele Gruppi
Subeditora
16/11/2009

Os trajes típicos das candidatas ao título de mais bela transformista do Brasil surpreenderam os jurados, o público e as próprias concorrentes. Os looks exploraram a cultura e a peculiaridade dos estados brasileiros. O resultado foi o show de criatividade e bom gosto.

Para enriquecer mais os desfiles, as misses fizeram performances e passos de danças. Destaque para a produção da Miss Minas Gerais, Kharen Moore, que conquistou o 3º lugar na categoria. Ela homenageou o aço inoxidável usado em monumentos, como o Centro Administrativo de Minas Gerais, projetado por Oscar Niemayer e retratado pela Miss.

Ela entrou na passarela dentro de uma caixa que representava a bandeira do Estado e fez uma coreografia. No meio do desfile, ela acendeu as luzes da fantasia, retirou a máscara e arrancou os aplausos dos presentes. O estilista Mauro Gelmin assinou a produção. A Miss São Paulo Gay, Taysa Shinayder, também deu um show. Ela saiu de um caixa-forte com uma roupa banhada a ouro com pedrarias e strass, criada por Bruno Oliveira. Mereceu o 2º lugar na categoria e também o 3º na classificação geral do concurso.

A Miss Espírito Santo, Ava Simões, além de ser coroada a Miss Brasil Gay 2009 também levou o 1º lugar no trajes típico. A fantasia fez alusão aos 80 anos de uma fábrica capixaba de chocolates. Pedras e cristais swarovisk garantiram o glamour da peça, criada por Fernando Magalhães. A produção da miss distribuiu bombons ao público.

Miss Minas Gerais Miss São Paulo Miss Espírito Santo

Apesar de não terem ganhado prêmios com os trajes típicos, vale mencionar os trajes de outras candidatas, como o da Miss Alagoas, Radha Vasconcellos. O modelo foi inspirado na biodiversidade marinha, por exemplo, o ouriço-marinho, guardião dos corais das praias de Alagoas. A Miss Amazonas, Mellysse D' Byazze, representou o Festival Amazonas de Ópera, um dos maiores do mundo, e o Teatro Amazonas. O desfile chamou atenção pela apresentação de uma dança. A roupa foi confeccionada em diversas cores, paetês e rendas. Paulo Rorras e Werner Botelho foram os responsáveis pela criação e produção.

A Miss Paraiba, Andrenia Moon, homenageou a festa de São João, famosa em Campina Grande. A roupa foi intitulada de "Salve São João". Para anunciar que a sua apresentação estava começando ela liberou um festim e desfilou dando alguns passos no ritmo de quadrilha. O Distrito Federal foi representado pela Miss Letícia Ferrari, que se inspirou nos anjos da catedral de Brasília criada por Oscar Niemayer. No vestido, muitas plumas de avestruz brancas e renda francesa prata com cristais swarovski.

Miss Amazonas Radha Vasconcellos Foto Miss Paraíba

A Miss Santa Catarina, Carol Zwick, lembrou a situação do Estado, que ficou destruído pelas enchentes. A transformista representou uma fênix que surgiu como força e esperança para os catarinenses reconstruírem as cidades. A criação foi de Bruno Oliveira. Ela alcançou 2º lugar geral.

A explosão da água do Rio Iguaçu, que deu origem às Cataratas de Iguaçu, foi o tema da Miss Paraná, Laviny Woitilla. O teatro Municipal do Rio de Janeiro foi referência para Lisa Suan, representante do Estado. A bandeira do Pará, a fauna mato-grossense e a amapaense também foram fontes de inspiração das candidatas, Lola Beluchy, Érika Vilarty e Aline Drumont.

Os textos são revisados por Madalena Fernandes