Quarta-feira, 28 de julho de 2010, atualizada às 15h40

Marco Prado é o rei da 8ª Parada do Orgulho LGBT de Juiz de Fora

Clecius Campos
Repórter

Marco Aurélio Prado vai representar a comunidade gay na 8ª Parada do Orgulho LGBT de Juiz de Fora. O professor universitário foi escolhido rei da Parada pelo Movimento Gay de Minas (MGM), que considerou sua militância histórica contra o preconceito no Estado de Minas Gerais. "A intenção é valorizar cada vez mais a diversidade dentro da comunidade LGBT. Escolhemos o Marco Prado por ser responsável pelo projeto Educação sem Homofobia", justifica o diretor do MGM, Marco Trajano.

Aos 43 anos, Prado é coordenador do Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que mantém o projeto Educação sem Homofobia em seis cidades de Minas, incluindo Juiz de Fora. "Oferecemos cursos gratuitos a professores da rede pública de ensino, discutindo os direitos humanos e sexuais, a convivência com a homossexualidade, a travestividade e a transexualidade e criando metodologias de prevenção e combate ao preconceito homofóbico."

Em Juiz de Fora, 80 professores, divididos em duas turmas, participam do projeto. As classes contemplam aulas em sala e experiências práticas, junto à comunidade LGBT. "São momentos de aproximação, que podem ser realizados na Parada Gay, por exemplo." O programa é financiado pelo Ministério da Educação (Mec) e ocorre ainda em Belo Horizonte, Santa Luzia, Ribeirão das Neves, Betim e Contagem. Prado encara o título de rei como um reconhecimento ao trabalho que desenvolve.

Mesa de abertura

Antes da aparição na Parada, Prado participa da mesa de abertura dos trabalhos da 13ª Rainbow Fest, no dia 9 de agosto, às 18h30, no Centro Cultural Bernardo Mascarenhas (CCBM). Pesquisadores do Núcleo de Direitos Humanos da UFMG também estarão presentes em outros encontros, ao longo do evento que vai até 15 de agosto.

"A programação está bem diversificada e espelha aquilo que discutimos sobre o combate à homofobia. Só com o apoio da sociedade civil, das cidades e do governo é que podemos construir uma série de atividades que tem função social. A expectativa é que a Rainbow Fest projete Juiz de Fora no cenário brasileiro de luta pela cidadania", destaca Prado.