Glamour perdido

A rua dos suspiros apaixonados

Nos finais de tarde, os rapazes acompanhavam as donzelas pelo centro da cidade ? espera de um simples sorriso. O namoro exigia, antes de tudo, muito respeito. A Halfeld (foto) embalou o sonho dos casais apaixonados e a tristeza dos que n?o tinham olhares correspondidos. "Os rapazes ficavam nos caf?s que povoavam a rua, olhando o passeio das meninas", lembra F?bio Nery. O movimento n?o ficava restrito ? rua. Das sacadas, as garotas esperavam um primeiro aceno. Valiam todos os artif?cios: um bonito terno e sapatos engraxados, para os cavalheiros; e salto alto e cinto marcando a cintura, para as damas.

Os carnavais (foto abaixo) do in?cio do s?culo coloriam a rua Halfeld. As cores j? faziam a diferen?a. Havia v?rios blocos: ?Quem Pode, Pode?, em preto e branco; ?Quem s?o eles??, vermelho e branco, e ?Gr?-finos?, que variavam os tons. Nery comenta os desfiles dos corsos. "Os carros eram presos um a um com serpentina e percorriam as principais ruas da cidade. As turmas fantasiadas acenavam?. Os blocos subiam pela Halfeld e desciam pela Marechal. A partir da d?cada de 40, iniciou-se uma verdadeira disputa entre os carnavais dessas duas ruas, com batalhas de confetes.


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