Usu?rios protestam contra altas taxas de acesso
Rep?rter: Luciana Mendon?a
11/01/99
Inspirado em movimentos semelhantes na Europa, um grupo de internautas brasileiros est? convocando todos os usu?rios de internet do pa?s a aderirem ? primeira greve da rede do pa?s. O motivo ? protestar contra as taxas de acesso cobradas pelos provedores nacionais, consideradas altas em rela??o ao mercado mundial. Marcada para o dia 13 de janeiro, a greve j? ganhou at? home-page (http://www.geocities.com/~pdr/greve) e tem gerado pol?mica entre provedores, companhias telef?nicas e entidades que fomentam a rede brasileira.
Para o gerente nacional de servi?os internet da Embratel, Alu?sio Xavier, por traz desta greve est?o os usu?rios de alto uso. ?Eles representam somente 5% do total de internautas, mas a maioria dos usu?rios n?o se encaixa neste perfil e nem sequer est? sabendo da greve?. Alu?sio acredita que os usu?rios de m?dio e pequeno porte estejam relativamente satisfeitos com os pre?os cobrados no pa?s. ?N?o d? para comparar o Brasil com os EUA, ber?o da grande rede, onde s?o geradas as tecnologias de acesso exportadas para o mundo todo.?
Erick Sanz, presidente da Associa??o Nacional dos Provedores de Internet, ANPI, acha que a greve ? justa, mas est? sendo mal colocada. ?O movimento fala do problema, mas n?o da sua origem. A maioria dos usu?rios desconhece a estrutura de pre?os para o acesso ? Internet no Brasil. Para compor o pre?o final do servi?o, ? preciso levar em considera??o os valores dos links, equipamentos, impostos, acesso, linhas telef?nicas, dentre outros encargos, completa Erick Sanz.
De fato, na Europa, os protestos s?o contra os pre?os das tarifas telef?nicas. No Brasil o movimento tomou outra dire??o. Em Juiz de Fora, o diretor do provedor ArtNet e diretor da Abranet - Reginal Juiz de Fora (Associa??o Brasileira de Provedores de Acesso, Servi?os e Informa?es da Rede Internet), M?rcio Guimar?es de Faria, tamb?m acredita que a greve teria sentido somente se as reivindica?es girassem em torno de uma redu??o geral dos pre?os de acesso ? internet, que envolvessem todos os encargos.
Para se ter uma id?ia dos custos dos provedores, basta citar dois exemplos: os investimentos em equipamentos e em linhas telef?nicas. No Brasil, os equipamentos importados geralmente dos EUA, s?o taxados com altos impostos, que chegam a aumentar em 35% o valor da m?quina. O pre?o de um equipamento que nos EUA custa U$15 mil, aqui chega por U$40 mil. A conex?o via telefone exige do provedor a aquisi??o de muitas linhas. Apesar da compra ser ?no atacado?, os pre?os cobrados s?o os mesmos do consumidor comum.
O gerente de atendimento a clientes empresariais da Telemig Juiz de Fora, Sebasti?o Carlos Menezes, atribui realmente ?s interliga?es com as empresas telef?nicas (chamadas de IP Dedicado, ou link de comunica??o de dados) um dos altos custos que os provedores t?m para prover acesso. ?Mas estes pre?os est?o caindo. Hoje, a Telemig n?o tem mais aquele ?engessamento? de empresa estatal e pode praticar pre?os de mercado. A tend?ncia ? que o servi?o fique cada vez melhor e mais barato. A rede est? crescendo, novas tecnologias est?o sendo incorporadas, o mercado est? se expandindo.?
Seja como for, a greve marcada para o dia 13, antes mesmo de acontecer, parece j? surtir efeitos: tanto provedores quanto companhias telef?nicas e fabricantes de equipamentos t?m discutido o assunto desde que surgiram os primeiros boatos. Ponto para os usu?rios.
Veja tamb?m:
Os provedores e a greve dos usu?rios - Comunicado oficial da ABRANET (Associa??o Brasileira dos Provedores de Acesso, Servi?os e Informa?es da Rede Internet) sobre a greve.
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