Material de construção financiado na hora
e as formas de pagamento
Repórter: Emilene Campos
15/06/99
Melhorar a estrutura de sua casa era o sonho do casal Gilmar e Cecília
Pereira.
Mas com renda mensal de R$760, o metalúrgico aposentado não tinha condições
de fazer obras de acabamento em sua casa. Recorreu
ao banco e fez um empréstimo de R$5.250. Com o dinheiro, ele comprou material
elétrico e hidráulico, portas, janelas, piso, azulejo e cimento. Sua esposa,
a vendedora Cecília de Castro Pereira, está radiante com o financiamento.
"Sem o plano, não teríamos condições de comprar todo o material de uma só
vez". Outro ponto positivo, segundo ela, é a forma de parcelamento e o valor
dos juros. "Com a nossa renda, seria muito difícil as lojas aprovarem o
crédito e os juros seriam muito mais altos", comemora.
Para realizar estas obras, eles se beneficiaram do programa da Caixa
Econômica Federal que financia materiais de construção e contratação de
mão-de-obra especializada. Uma boa opção para quem está interessado em
melhorar sua casa, mas não tem dinheiro no momento. Podem solicitar o
benefício, famílias que ganham até 12 salários mínimos. O valor máximo do
empréstimo é de R$7 mil, parcelados em até 60 meses. São cobrados 8% de
juros ao ano mais a taxa referencial (TR) mensal. O
Gerente de Mercado da CEF, Manoel Fernando Lamas Leite, lembra que as
prestações não devem ultrapassar 30% do renda mensal do trabalhador. Para
pagamento da mão-de-obra, podem ser requeridos até 15% do total do empréstimo
Nos primeiros quatro meses deste ano, 25 famílias foram atendidas. Com a crise, houve redução no número de concessões em relação ao ano passado, quando a média era de 32 por mês. "Como a inadimplência estava alta e o Governo não havia definido os recursos destinados à Carta de Crédito, diminuímos a divulgação do programa, no início do ano", explica o gerente. Isso aconteceu porque o financiamento de material de construção é um dos subprodutos da Carta de Crédito Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. "Como a situação foi normalizada, vamos intensificar a propaganda", diz o gerente. Para a região compreendida pelo escritório da CEF de Juiz de Fora,foram disponibilizados, este ano, R$7 milhões para a Carta de Crédito.
Desde que foi criado, em dezembro de 1996, foram fechados 100.419 contratos em todo o país, o que totaliza o investimento de R$392.967.221. Em Juiz de Fora, até abril deste ano, a CEF contabilizou 1186 contratos, o que corresponde a R$4,6 milhões.
Quem estiver interessado deve se dirigir às lojas credenciadas, listar e consultar o preços de todos os produtos necessários à obra. De posse do orçamento, a pessoa deve ir ao setor de atendimento de qualquer agência da Caixa Econômica Federal, levando xerox e originais dos seguintes documentos:
- carteira de identidade
- CPF
- comprovante de renda
Taxa Referencial
A Taxa Referencial é uma média das aplicações do mercado, por isso está
sujeita à política econômica do Governo. Varia entre 0,5 e 1% ao mês.