Banco do Povo
Empresários juizforanos falam sobre prós e contras dos financiamentos
Repórter: Emilene Campos
23/10/2000
Quando fizeram o primeiro empréstimo, em dezembro de 1998, a fabriqueta sediada no bairro Jóquei Clube estava no mercado há apenas seis meses. Até ultrapassar o patamar de uma micro empresa, a Duduxo fez mais dois financiamentos para compra de equipamentos, além de utilizar os serviços de troca de cheques pré-datados. Na opinião de Sarchis, uma das grandes vantagens do Banco do Povo é o atendimento personalizado e desburocratizado.
Denise Galhardo Brum, dona da Brum Auto Peças, tem a mesma opinião. "Nos demais bancos, os gerentes ficam subordinados a seus chefes e não têm como resolver o problema rapidamente. Lá é bem mais flexível. Eles resolvem na hora", argumenta. Por conta da facilidade, já fizeram cinco empréstimos, que foram usados como capital de giro, na ampliação da loja e compra de equipamentos. O mais interessante é que os proprietários da Brum tinham grande receio em utilizar este recurso. "As taxas de juros eram sempre tão altas. A gente tinha medo de se endividar e acabar falindo", relata.
A forma de pagamento do financimento também foi um incentivador. "O carnê ajuda a gente a se organizar. Se eu tiver um contratempo esse mês, pago duas parcelas no próximo. Muito melhor do que o débito em conta", exemplifica.
Quem está passando por dificuldades financeiras na empresa também pode
usufruir dos serviços do Banco do Povo. Foi o que aconteceu com a
alfaiataria Casa Meia Lua, localizada no bairro Fábrica.
Os proprietários pegaram um empréstimo para pagar o décimo terceiro de seus funcionários.
Para a proprietária Denise Dias Barreto, a vantagem do Banco do Povo é a
ausência de burocracia. Por outro lado, critica o valor da taxa de juros.
"Hoje os juros estão um pouco altos. É possível encontrar outros bancos com juros
menores", argumenta Denise.
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