Os riscos da auto-medica??o

14/12/98

Analg?sico, antigripal, anti-inflamat?rio... Rem?dios que podem resolver uma simples dor de cabe?a, podem at? matar. O alerta ? da farmac?utica S?nia Brand?o, respons?vel pela Farm?cia Universit?ria da UFJF e que alerta para os riscos da auto-medica??o o que, segundo ela, ainda ? uma pr?tica ainda muito comum no Brasil. Tomar rem?dios por conta pr?pria pode trazer diversos efeitos colaterais. O mais grave, no entanto, s?o aqueles que s? aparecem mais tarde. Para combater esse mau h?bito, a Farm?cia Universit?ria realiza um trabalho de conscientiza??o. "Quando uma pessoa vem procurar um rem?dio para algum sintoma, n?s a encaminhamos, primeiro, a um m?dico. E s? fornecemos rem?dios com receita m?dica", explica S?nia.

A farmac?utica aponta tr?s situa?es de risco da auto-medica??o: a primeira ? o efeito acumulativo, quando uma pessoa consome grande quantidade de um determinado rem?dio por muito tempo. S?nia cita, como exemplo, o princ?pio ativo cortic?ide, encontrado em anti-al?rgicos. O medicamento, nesse caso, al?m de combater o ant?geno da doen?a, extermina tamb?m as c?lulas imunol?gicas, enfraquecendo o sistema de defesa do organismo. Outra situa??o de risco ? a superdosagem que pode causar intoxica?es graves e provocar rea?es adversas. Por ?ltimo, o risco da baixa dosagem. Nos antibi?ticos, por exemplo, explica S?nia, a dosagem menor do que a necess?ria, em vez de destruir, acaba dando resist?ncia ? bact?ria e o medicamento fica sem efeito.

A funcion?ria p?blica Isabel Borges, de 36 anos, confessa que tempos atr?s fazia auto-medica??o. "Hoje n?o me auto-medico mais, sei dos riscos que posso correr. Descobri, h? pouco tempo, que tenho hipertens?o, ainda bem que n?o cheguei a sofrer com os efeitos dos rem?dios que tomava sem acompanhamento m?dico".

Colabora??o: Renata do Carmo,
estudante do 5 per?odo
da Faculdade de Comunica??o da UFJF

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