Há um artista espanhol que atrai mais de 30 milhões de pessoas por ano.

Pessoas que costumam formar filas intermináveis durante sua estreia e que se aglomeram mesmo quando ele não está presente. 

São milhões de pessoas no Rio, Barcelona, Lisboa, Nova Iorque.

Mas apesar de centenas de milhões de pessoas já terem corrido atrás de sua arte, são pouquíssimos os que sabem o seu nome.

Há também um brasileiro que de tão profunda e eclética que é sua arte, consegue marcar desde sua presença permanente na sede da ONU em NY, até aparecer anualmente sob os pés dos passistas e sobre a cabeça dos jurados do Carnaval do Rio.



E, apesar desse brasileiro mover cidades inteiras como Brasília, também são pouquíssimos aqueles que o conhecem.

Esses dois artistas, a despeito de atraírem multidões, movimentarem várias camadas econômicas da sociedade enquanto sua arte está sendo executada e de transformarem profundamente seu entorno social depois de prontas, são meros anônimos.

Não são conhecidos como o Big Brother da vez, não têm o dinheiro do YouTuber engraçadinho da moda, nem causam o furor do cantor chiclete do momento, mas impactam a sociedade de forma muito mais contundente e profunda e geram muito mais riqueza para os diversos extratos sociais do que qualquer um deles.

E suas artes não são conhecidas apenas por alguns meses e logo depois saem das paradas de sucesso, dando espaço para outra modinha passageira.

Mas estão aí postas à prova por dezenas de anos e continuam atraindo milhões de pessoas.

Alguns artistas dessa mesma área, inclusive, têm obras primas de mais de 2 mil anos que ainda são super atuais, continuando despertando o interesse e fazendo pessoas atravessaram os oceanos para conhecê-los pessoalmente.

Sabem quem são eles?



Artistas anônimos que podem estar em cima do próprio palco, sobre a própria obra que nem assim serão assediados para o pedido de um mero autógrafo (que coisa mais antiga) ou uma simples selfie.

Qual seria sua reação se desse de cara com o espanhol Santiago Calatrava?

Provavelmente deve até ter pensado: ah… o Catra, Mr Catra? Esse já ouvi falar, mas não gosto do estilo musical.

Entretanto, não estou falando do Catra, mas do Calatrava mesmo. Já ouviu falar? Sabe qual a arte dele?

E já ouviu falar do Oscar, o brasileiro cuja arte atrai multidões?

Não falo do famoso jogador de basquete… nem da premiação de Hollywood.

Se não os conhecem pelo nome, que tal pela arte?



Já ouviram falar do Museu do Amanhã no RJ? Ponte da Mulher em Buenos Aires? Estação de Metrô Path em NY? Gare do Oriente em Lisboa? Cidade das artes e das Ciências em Valência?...

Pois é, são todas obras arquitetônicas magníficas, projetadas por Santiago Calatrava.



Já ouviram falar do Sambódromo do RJ? Prédios do Congresso e Senado em Brasília? Complexo da Pampulha em BH? Prédio da ONU em NY?...

Então, foram projetados pelo arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer.

A arquitetura e o urbanismo são artes que causam grandes impactos às cidades.

A boa arquitetura movimenta sobremaneira o turismo, levando milhões de pessoas para
conhecê-las. Cidades inteiras foram alavancadas em função do turismo em torno das grandes
obras arquitetônicas ou urbanísticas. Vide Barcelona pós Olimpíada, por exemplo.

No Rio, já cheio de belezas naturais e obras icônicas, o Museu do Amanhã movimenta milhões de pessoas anualmente (no Brasil!).

Quem ainda não ouviu falar da fantástica obra arquitetônica do Museu do Amanhã? Mas e do Calatrava, quem já ouviu falar?

Quem nunca ouviu falar da Marquês de Sapucaí e da Praça da Apoteose no Carnaval do Rio. E de Oscar Niemeyer (que inclusive já ganhou o Oscar da Arquitetura), quem já ouviu falar?

Da mesma forma que ele, diversos outros arquitetos são responsáveis diretos pela melhoria das cidades e pelo alçamento econômico e estético das mesmas. A Arquitetura muitas vezes tira uma comunidade inteira do ostracismo e alavancam-na, elevam-na.

Os arquitetos e urbanistas emprestaram sua genialidade “anônima” para tornar as cidades mais belas, eficientes, funcionais... e impactam o entorno mesmo quando projetam apenas casas particulares.

Para os artistas da bola ou da música, dos mais efêmeros e vulgares aos mais eruditos e profundos, há histerias e desmaios.



Para os arquitetos o nome se vai com o vento, mas ficam as obras, que muitas vezes continuam criando encantando mesmo durante milênios, como as famosas pirâmides do Egito, do anônimo arquiteto Imhotep?

Ou como as famosas catedrais renascentistas europeias, dos não tão famosos Leonardo da Vinci, Rafael ou Michelângelo (esses pelo menos deram nome a três das Tartarugas Ninjas).

Ou magníficas e centenárias obras de Ouro Preto, do coxo, negro e anônimo arquiteto Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho.

O artigo de hoje então é para homenagear a todos os arquitetos e arquitetas, esses imprescindíveis anônimos, que sem histeria, sem faixas e sem desmaios, transformam profundamente a sociedade com sua arte.

Dia 15/12 é o seu dia! Parabéns pela sua nobre arte.

ACESSA.com - Artista desconhecido atrai milh?es de f?s por ano!

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