Revestimento e impermeabilização são fundamentais para evitar infiltraçõesA infiltração é decorrente da penetração de água nas estruturas de materiais não impermeabilizados, por meio de fissuras ou poros

Aline Furtado
Repórter
17/12/2011
Infiltração

O mês de março é tradicionalmente conhecido como o mês das águas, conforme citado em versos imortalizados pela cantora Elis Regina, na música Águas de Março. Contudo, com a aproximação do verão, as chuvas costumam ficar mais frequentes já no mês de dezembro.

Com isso, é comum verificar, em alguns imóveis, paredes e rodapés manchados, além de tinta soltando por causa de bolhas e rejuntamento de azulejos desprendendo-se.

Trata-se da infiltração, acarretada pela umidade comum em períodos chuvosos e por problemas em tubulações. Mas esse é um problema que pode ser evitado por meio de medida simples, como a manutenção. "Cuidados simples podem evitar mofos, que são capazes de atingir móveis e até mesmo a saúde de moradores, com o surgimento de alergias e problemas respiratórios", destaca o engenheiro civil, Marcos Jorge de Souza.

A infiltração é decorrente da penetração de água nas estruturas de materiais não impermeabilizados, por meio de fissuras ou poros. "É o resultado de falhas durante a construção, provavelmente provocadas por falta de impermeabilização. Quem constrói deve pensar nisso, afinal, o custo é menor do que as reformas necessárias após surgirem os primeiros sinais de infiltração."

Tipos de infiltração

Um dos tipos de infiltração é aquela que ocorre quando há absorção da umidade pelas paredes externas. "Se chove, a umidade acaba passando de fora para dentro. O resultado é a formação de bolhas no interior do imóvel. Nesse caso, o problema pode ter sido provocado não só pela falta de impermeabilização, mas também pela baixa qualidade de revestimentos usados."

Quando manchas de mofo surgem no teto, a infiltração pode estar ocorrendo por meio da cobertura. "A laje pode estar absorvendo a água e esta passando para o teto do imóvel." Se a casa ou o edifício foi construído próximo a áreas de encosta, a umidade pode ser decorrendo da terra, facilitada pela falta de impermeabilização.

Já a infiltração em rodapés a áreas externas em contato com o solo, chamada capilaridade, pode ser causada pela absorção de água do terreno por meio da fundação não impermeabilizada. "Outro tipo de infiltração é desencadeado pelo rompimento ou vazamento na tubulação. Isso pode surgir quando, ainda durante a construção, o material utilizado recebeu muita chuva. Isso faz com que haja absorção, que, tempos depois, acarreta fissuras ou frestas." Por fim, outro tipo de infiltração é aquela provocada pela condensação, ou seja, devido à diferença de temperatura das áreas interna e externa.

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Resolvendo o problema

"Quando há mofo ou bolhas, de nada adianta lixar e repintar a área atingida. Isso é apenas uma medida paliativa." Para resolver, é preciso trocar o rejuntamento ou o revestimento. A ventilação pode auxiliar em casos em que o problema é desencadeado por diferenças de temperatura. Em caso de revestimento desagregado, ele deve ser completamente removido e, em seguida, deve ser feita a limpeza da parede com escova de aço. Só depois o revestimento deve ser refeito, após a aplicação de impermeabilizante e selador.

"Uma saída interessante é revestir a parede com material de acabamento rústico e poroso." No caso de um imóvel que ainda será construído, pode-se fazer uma parede dupla, de forma que a externa não encoste na interna. Revestimento e impermeabilização não devem ser esquecidos."

Os textos são revisados por Thaísa Hosken

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