Sábado, 8 de outubro de 2016, atualizada às 10h26

Áreas de risco de Juiz de Fora passam por mapeamento

Da Redação

Pela primeira vez, todas as áreas de risco de Juiz de Fora estão sendo mapeadas. O estudo foi realizado pelo estado, por meio da Fundação Israel Pinheiro (FIP), pelo Governo federal, através da Pangea, e pela Defesa Civil de Juiz de Fora e analisa regiões expostas a desastres naturais, como desabamentos e inundações. As principais são encostas de morros inclinados, beira de rio e barragens.

O trabalho teve início com o mapeamento das regiões de ocupações irregulares da cidade, onde os problemas eram recorrentes. Segundo o chefe do departamento de Operação Técnica da Defesa Civil, Walter de Melo, a princípio, o mapeamento tinha sido feito apenas na região leste, já que essa é a região que apresenta maior número de áreas de risco. "Neste ano, sentimos a necessidade de realizar o mapeamento de toda a cidade e distritos. Esse estudo vai servir de auxílio, não só para o corpo técnico da Defesa Civil, mas para todo o corpo técnico da PJF", completou.

O mapeamento é feito através da visita de técnicos aos locais e o preenchimento de uma ficha de caracterização de risco. Assim o profissional consegue traçar o perfil da área e, junto com arquivos fotográficos, delimitar a mancha da área de risco no mapa. Essas áreas podem ser caracterizadas em quatro graus de risco: R1, R2, R3 e R4.

Foram identificadas 713 manchas nas regiões norte, sul, leste, oeste, sudeste, nordeste e central. Dessas, 55 foram caracterizadas com risco de inundação, 19 barragens e 639 com risco de escorregamento. O mapeamento está sendo feito também na zona rural de Juiz de Fora. Walter informou que quando um técnico vai ao local e identifica o problema, automaticamente faz um boletim de ocorrência e encaminha para o órgão responsável.

Com esse mapeamento, a Defesa Civil consegue monitorar as regiões e, com isso, realizar campanhas de prevenção. O projeto "Defesa Civil vai à Escola", por exemplo, deve priorizar essas áreas de risco e levar informações aos moradores daquela determinada localidade. Haverá ainda a possibilidade de, através de um software, a Defesa Civil identificar, por exemplo, até onde o rompimento de uma barragem poderá atingir. O novo mapeamento, além de traçar o perfil geológico das áreas de risco, identificou também o perfil dos moradores dessas áreas. Segundo Walter, o estudo foi feito em parceria com assistentes sociais da Defesa Civil e traz a média de idade dos moradores, a renda, de onde vieram. "É a primeira vez que fazemos um mapeamento dessa forma, trabalhando também com a parte social. Isso facilitará o trabalho da Defesa Civil como um todo", disse. O mapeamento está disponível na plataforma Google Earth para todo o corpo técnico da PJF.

Em casos de emergência ou orientações técnicas, a população deve acionar a Defesa Civil através do telefone 199.

Com informações da Agência Brasil