Professores da rede particular de ensino deliberaram uma paralisação total das atividades no dia 15 de setembro. A decisão foi tomada após uma assembleia realizada na última quarta-feira, 24. De acordo com o Sindicato dos Professores de Juiz de Fora (SINPRO), os proprietários dos estabelecimentos de ensino se recusam a fazer a correção inflacionária dos salários com garantia de retroativos. A Coordenadora do Sinpro, Lúcia Lacerda, explica que a data-base dos salários dos professores da rede privada de ensino é de fevereiro. Ainda segundo ela, a recomposição salarial deve seguir a inflação, que está em 10,6%.
A Coordenadora do Sinpro ainda explica que várias reuniões já foram feitas com o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino (SINEPE), o órgão que representa os proprietários de escolas e instituições particulares, mas durante a última reunião realizada entre os interessados, o órgão decidiu não fazer o reajuste salarial sob a alegação de dificuldade de caixa. ‘’Devemos lembrar que durante todo o período da pandemia, os professores tiveram o trabalho remoto, que foi a alternativa naquele momento e, com isso, os professores tiveram gastos com internet, com equipamentos e etc. Eles abriram as portas de suas casas para que as escolas pudessem ministrar as aulas. Não há um reconhecimento por parte dos patrões no sentido de valorização desses profissionais.”
Ainda de acordo com o Sinpro, no dia 15, haverá um novo encontro com os docentes, onde serão definidos os próximos passos da categoria.
O Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino (SINEPE)/Sudeste disse, através de nota, que considera equivocada a premissa do Sinpro/JF, que a paralisação ocorre devido à falta de negociação.
"Na verdade, o que o Sinepe mais faz, é negociar. Todavia, o Sindicato dos Professores se nega a ver o momento adverso vivido por todos, decorrente, dentre outros, por fatores como: evasão de alunos; pandemia, com grandes impactos na educação infantil e superior; classe média com subempregos e queda na renda média das famílias; altos índices de inadimplência e economia em desgoverno.
Com tudo isto, o Sinepe se mantém firme no propósito de negociar, considerando, porém, estas dificuldades.”
Tags:
paralisação | professores | sindicato
Entre na comunidade de notícias clicando aqui no Portal Acessa.com e saiba de tudo que acontece na Cidade, Região, Brasil e Mundo!